BPC | INSS perde R$ 16,4 bilhões com pagamentos indevidos e recupera menos de 1% do valor!

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma importante ajuda financeira destinada a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda.

Contudo, recentemente, surgiram graves falhas no processo de concessão desse benefício. Entre 2019 e 2025, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) perdeu cerca de R$ 16,4 bilhões devido a erros e fraudes.

Nos últimos dias o órgão apontou que ainda restituiu apenas R$ 8,7 milhões até o momento. Ou seja, o equivalente a menos de 1% do valor pago indevidamente.


Pagamento indevido do BPC: valores e causas

Os valores pagos indevidamente ao longo dos últimos anos são alarmantes.

Desses R$ 16,4 bilhões, cerca de R$ 13,3 bilhões foram classificados como totalmente irregulares. Enquanto isso, R$ 3 bilhões se identificam como parcialmente irregulares.

Os pagamentos, entretanto, ocorreram por conta de falhas nos sistemas de controle e fiscalização do INSS. Afinal, eles não conseguiram identificar beneficiários que não atendiam aos requisitos legais para o recebimento do benefício.

Um agente do INSS mostra o relatório a 3 idosos da recuperação do dinheiro devido
Imagem: Geração/FDR

A falta de uma fiscalização eficaz e a fragilidade dos processos permitiram a concessão de benefícios a milhões de pessoas. Cidadãos, aliás, que não estavam de fato em situação de vulnerabilidade, como exige a legislação do BPC.

Isso não apenas prejudicou as finanças públicas, mas também aumentou a preocupação com a sustentabilidade do programa.

O que o INSS Ministério do Desenvolvimento Social fizeram após a fraude?

Para combater esse problema, o INSS começou em 2023 uma averiguação cadastral dos beneficiários do BPC. Dessa forma, o objetivo principal, era o de corrigir os erros e evitar novas fraudes.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), por sua vez, tem atuado na regulação e monitoramento do benefício. Já o INSS é responsável pela concessão, manutenção, revisão e pagamento.

Apesar dessas medidas, o progresso tem sido lento. Até o momento, o valor recuperado é irrisório comparado ao total pago indevidamente. Assim, há um destaque para a necessidade de uma revisão mais ampla no sistema de controle.

O que fazer agora? 

Sem dúvida, a reforma dos sistemas de fiscalização e controle do BPC é indispensável. Assim, ela deve garantir que o benefício chegue apenas às pessoas que realmente necessitam.

O pagamento de R$ 16,4 bilhões indevidamente pelo INSS mostra as falhas sistêmicas que precisam de correções com urgência.

Com apenas R$ 8,7 milhões recuperados até agora, é evidente que o processo de correção e fiscalização deve ser intensificado.

Melhorias nos sistemas de controle são fundamentais para evitar novos erros e garantir que o BPC cumpra seu papel de forma eficiente e justa. Afinal, ele deve atender as pessoas que realmente necessitam do apoio do governo.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.