Quem vive nessa região de São Paulo tem menos tempo de vida, afirma pesquisadores

A qualidade de vida nas grandes cidades está diretamente ligada ao tempo de deslocamento. Em São Paulo, esse fator tem impacto direto na saúde e na longevidade dos habitantes.

Pesquisadores alertam que o tempo gasto no trânsito e as condições do transporte público podem reduzir a expectativa de vida dos paulistanos. A pesquisa é fruto de uma parceria entre pela Rede Nossa São Paulo e o Ipec (2024).


Impacto do tempo de deslocamento na saúde

Você sabia que o paulistano gasta, em média, 2 horas e 47 minutos por dia usando ônibus, trem ou metrô?

Assim, quando consideramos outros meios de transporte, como carros e bicicletas, o tempo médio cai para 2 horas e 25 minutos.

Esse longo tempo no trânsito tem sido vinculado ao aumento de problemas como estresse, doenças cardíacas e outros distúrbios que afetam a qualidade de vida.

Pessoas dentro do metrô de São Paulo lotado
Imagem: Geração/FDR

Deslocamento por região: diferenças e consequências

O tempo de deslocamento varia entre as regiões de São Paulo.

Na Zona Sul, o tempo médio é 2 horas e 46 minutos, aumento de 22 minutos em relação ao ano anterior da pesquisa.

Já na Zona Leste, o tempo médio é 2 horas e 15 minutos, apresentando uma redução de 21 minutos.

Essas variações afetam diretamente o acesso a serviços de saúde e lazer.

Isso, sem dúvida, prejudica a qualidade de vida dos moradores de áreas mais distantes.

Quem usa transporte público em São Paulo

O uso de transporte público aumentou. Hoje, 61% da população recorre a ele, um crescimento significativo desde 2021, quando o índice era de 45%.

Entretanto, a maior parte dos usuários pertence às classes D e E, com renda familiar de até 2 salários mínimos.

Esses cidadãos, muitas vezes, não têm alternativa ao transporte coletivo, enfrentando as condições mais precárias.

Problemas no transporte coletivo

O ônibus municipal em São Paulo é o meio mais utilizado na capital, com 38% dos paulistanos escolhendo essa opção. No entanto, o tempo de espera aumentou para 24 minutos, um crescimento de 3 minutos em relação ao ano passado.

A frequência, lotação e pontualidade continuam sendo os maiores problemas, o que compromete ainda mais a experiência do usuário.

O que pode mudar a situação em São Paulo?

Para melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto do trânsito, é urgente investir em alternativas de transporte mais eficientes. Alguns exemplos são ciclovias e a ampliação do metrô.

Além disso, melhorar a pontualidade e a frequência dos ônibus pode reduzir o tempo de espera e melhorar o conforto para os passageiros.

De fato o tempo de deslocamento em São Paulo  mudou entre 2023 e 2024. Contudo, o impacto na saúde dos paulistanos persiste.

O longo tempo no trânsito e a precariedade do transporte público reduzem a qualidade de vida e afetam a longevidade.

Por isso, melhorias no sistema de transporte são essenciais para garantir uma cidade mais saudável e acessível.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.