SãO PAULO (SP) — A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou recentemente o limite para considerar febre em crianças. Antes, temperaturas acima de 37,8 °C já geravam alerta. Agora, o novo marco é 37,5 °C — medido na axila.
Por que essa mudança importa?
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Evita falsos alarmes
Variações térmicas leves nem sempre indicam infecção. Com o novo parâmetro, pais evitam idas desnecessárias ao hospital. -
Reduz o uso excessivo de remédios
A atualização ajuda a conter o uso indiscriminado de antitérmicos, que podem ter efeitos colaterais em crianças.
Quando a febre pede atenção médica?
Temperatura | Ação recomendada |
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≥ 38 °C | Hidrate bem, observe sintomas. Se persistir, procure o pediatra. |
≥ 39 °C | Atente para desidratação, dor intensa ou dificuldade respiratória. Busque ajuda. |
Sinais de alerta:
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Irritabilidade ou sonolência excessiva
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Dores no abdômen, mamas ou articulações
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Vômito, diarreia intensa ou pouca ingestão de líquidos
Como lidar com a febre em casa
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Hidrate sempre: água, sucos naturais e leite materno (para bebês)
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Antitérmicos só com receita: paracetamol e dipirona devem ser indicados pelo pediatra
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Ambiente arejado: roupas leves e quarto ventilado ajudam no conforto
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Compressas mornas: aplicadas no tronco auxiliam na regulação térmica
Outras dicas para lidar com a febre
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A definição de febre varia conforme o local de medição (axila, ouvido, boca ou reto).
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A mudança segue padrões internacionais e foi recomendada por instituições como a American Academy of Pediatrics.
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Em bebês com menos de 3 meses, qualquer febre deve ser avaliada com urgência, mesmo que discreta.
A partir de agora, só se considera febre infantil quando a temperatura axilar atinge 37,5 °C ou mais. Essa mudança evita sustos desnecessários, reduz a automedicação e orienta os pais com mais precisão.
Em caso de sintomas graves, consulte sempre o pediatra. Informação confiável é o melhor cuidado para a saúde dos pequenos!