A expressão “geração nem-nem” tem sido amplamente usada para descrever um grupo de jovens que não trabalham nem estudam.
Esse termo carrega consigo uma série de estigmas e características associadas, que vão desde questões emocionais até desafios econômicos e sociais.
Mas será que você ou alguém que conhece pode se encaixar em algum desses traços? Venha explorar as 5 características mais comuns dessa geração.
Falta de engajamento no mercado de trabalho
Uma das marcas mais evidentes da geração “nem-nem”, sem dúvida, é a falta de engajamento no mercado de trabalho.
Muitos jovens dessa faixa etária não têm empregos formais ou informais, o que pode ocorrer por diversas razões. Entre os fatores aparecem:
- Falta de oportunidades no mercado;
- Desmotivação;
- Dificuldades econômicas que dificultam o acesso a uma vaga de emprego.
A crescente automação e a precarização de muitos postos de trabalho também são aspectos que impactam diretamente essa geração.
Baixo nível de escolaridade ou desinteresse pelos estudos
Outro ponto recorrente entre os “nem-nem” é o desinteresse ou até mesmo a falta de escolaridade. Aliás, parte desses jovens não completam a educação básica ou deixam os estudos no ensino médio, quando não, no superior.
Entre os principais influentes para este comportamento, aparecem questões como:
- Desestruturação do sistema educacional;
- Falta de acesso a escolas de qualidade;
- Uma visão negativa sobre a importância dos estudos.
O desânimo com o sistema educacional também leva à desistência precoce de muitos.
Depressão e ansiedade
Estudos têm mostrado que muitos jovens da geração “nem-nem” enfrentam problemas emocionais significativos, como depressão e ansiedade.
Isso ocorre, em parte, pela sensação de isolamento social, a falta de perspectivas de futuro e até pressão que sentem em relação às expectativas familiares.
O impacto psicológico do contexto econômico e a sensação de não pertencimento à sociedade são fatores que agravam essa situação.
Dependência econômica
A falta de emprego e a pouca motivação para estudar podem levar a uma dependência econômica dos pais ou familiares.
Muitos jovens dessa geração, portanto, continuam a viver sob o teto familiar, sem conseguir alcançar a independência financeira.
Embora em alguns casos essa dependência seja uma escolha, em outros é uma necessidade, dado o cenário de dificuldades para conseguir um emprego ou estabilizar a vida financeira.
Desmotivação e falta de perspectiva de futuro
Por fim, a desmotivação e a falta de perspectiva de futuro são características marcantes dessa geração. O desemprego, a crise econômica e a baixa qualidade educacional contribuem para um sentimento generalizado.
Sentimento este que vê um futuro que não oferece muitas oportunidades.
Contudo, essa falta de esperança pode afetar a autoestima e até mesmo os relacionamentos sociais desses jovens.
Embora o termo “geração nem-nem” seja uma generalização, é importante refletirmos sobre as causas que levam a essas características.
Problemas estruturais, sociais e psicológicos precisam ser discutidos e compreendidos para que soluções possam surgir.
De todo modo, é fundamental pensar em formas de oferecer apoio psicológico, educação de qualidade e melhores oportunidades no mercado de trabalho. Essa talvez seja uma forma da geração “nem-nem” ter chances de construir um futuro mais promissor.