Burnout: Como identificar os sintomas da síndrome e evitar o afastamento do trabalho

SãO PAULO (SP) — O termo burnout tem se tornado cada vez mais frequente nos ambientes de trabalho. Essa síndrome, frequentemente associada ao estresse excessivo, pode impactar profundamente a saúde de quem a desenvolve. Reconhecer seus sintomas é essencial para evitar que a condição resulte em afastamento do trabalho e afete o bem-estar do colaborador. 

Burnout: Como identificar os sintomas da síndrome e evitar o afastamento do trabalho. (Imagem: FDR)

Neste artigo, explicaremos o que é a síndrome de burnout, seus principais sintomas e a importância de procurar ajuda médica para tratamento adequado.

O que é a Síndrome de Burnout?

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico, emocional e físico desencadeado pelo excesso de pressão no ambiente de trabalho. O termo caracteriza um estado de exaustão extrema que prejudica a capacidade do indivíduo de realizar suas tarefas de forma eficaz. 

Segundo o Ministério da Saúde, essa síndrome pode surgir devido a diversos fatores, como jornadas de trabalho intensas, falta de apoio social e profissional, e altos níveis de cobrança.

Sintomas de Burnout: sinais mais comuns

Os sintomas do burnout variam de pessoa para pessoa, mas existem sinais comuns que indicam o desenvolvimento da síndrome. Os principais sintomas incluem:

  1. Exaustão física e mental: sensação contínua de cansaço, insônia, falta de energia e dificuldade de concentração.

  2. Despersonalização: distanciamento emocional do trabalho, levando a atitudes negativas em relação aos colegas, clientes ou superiores.

  3. Redução do desempenho: dificuldade para realizar tarefas simples, desmotivação e baixa autoestima relacionada ao desempenho profissional.

  4. Problemas emocionais: aumento de sentimentos de frustração, raiva, ansiedade e até depressão.

Esses sintomas podem evoluir com o tempo, caso não sejam tratados adequadamente, podendo resultar em complicações graves para a saúde física e mental.

Como o Burnout afeta a saúde do trabalhador?

O burnout vai além do simples cansaço. Ele pode prejudicar significativamente a saúde mental e física do trabalhador. Quando não tratado, pode levar ao desenvolvimento de doenças como:

  • Transtornos ansiosos e depressivos: o estresse constante pode desencadear crises de ansiedade e quadros depressivos.

  • Problemas cardiovasculares: o estresse crônico aumenta os riscos de hipertensão e doenças cardíacas.

  • Distúrbios alimentares e do sono: mudanças no comportamento, como insônia, perda de apetite ou compulsão alimentar, podem ocorrer.

Além disso, o burnout pode afetar negativamente a vida pessoal do trabalhador, prejudicando relacionamentos e a qualidade de vida.

A importância da orientação médica

Se você ou alguém próximo está apresentando sintomas de burnout, buscar ajuda médica é essencial. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. 

Profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, podem fornecer ferramentas para lidar com o estresse e melhorar a qualidade de vida.

A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, é uma das abordagens terapêuticas mais eficazes para tratar o burnout. Ela ajuda o paciente a lidar com pensamentos negativos e ensina estratégias de enfrentamento. 

Em alguns casos, medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos podem ser necessários para controlar os sintomas.

Além do tratamento médico, é crucial que o trabalhador busque um ambiente de trabalho mais saudável. Isso inclui adotar pausas durante o expediente, reduzir a sobrecarga de tarefas e promover um ambiente mais colaborativo e menos competitivo.

 

 

 

Daniele GomesDaniele Gomes
Formada em jornalismo, com experiência como repórter de economia e política, além de assessoria de imprensa e gestão de redes sociais.