ARAGUARI, MG — A sexta-feira, 13, é uma data carregada de superstição, associada ao azar e a eventos negativos. Mas será que existe alguma base científica para essa crença? Para muitos, este dia é visto com desconfiança. Porém, estudos sugerem que o medo da sexta-feira, 13 pode estar mais ligado à psicologia humana do que a eventos sobrenaturais.
A superstição da sexta-feira, 13 é tão antiga quanto as próprias superstições no ocidente. Esse medo foi amplificado por um contexto cultural e histórico. De acordo com pesquisas, ele pode ser uma manifestação de uma predisposição psicológica.
Richard Wiseman, historiador e professor de psicologia na Universidade de Hertfordshire, afirma que o medo de sexta-feira, 13 pode ter raízes em eventos históricos, como o fato de que, na Idade Média, o número 13 era considerado desfavorável, enquanto as sextas-feiras eram vistas como dias de “mau agouro” por sua relação com a crucificação de Cristo. Assim, a combinação de sexta-feira com o número 13 gerou o estigma que perdura até hoje.
O que a ciência tem a dizer sobre isso?
Estudos científicos mostram que a superstição em torno da sexta-feira, 13 pode ser mais uma questão de percepção do que de fato. Pesquisas indicam que o dia 13 de qualquer mês não apresenta mais acidentes ou desastres do que qualquer outro dia da semana. O que ocorre, na realidade, é um efeito placebo, gerado pelas expectativas e medos criados pela cultura popular.
A ciência explica que essa data é apenas um reflexo da psicologia humana e dos vieses cognitivos. Tendemos a dar mais atenção aos eventos negativos em comparação aos positivos. Isso é conhecido como “viés da confirmação”. Ou seja, se algo de ruim acontece numa sexta-feira, 13, associamos automaticamente ao dia, mesmo que o mesmo acontecesse em qualquer outra data.
O impacto psicológico da superstição
Pesquisas indicam que o medo de sexta-feira, 13 pode gerar impactos psicológicos significativos. Esse fenômeno é conhecido como “frigatriscaidecafobia”, o termo técnico para o medo irracional dessa data. Embora esse medo não seja generalizado, algumas pessoas ficam tão preocupadas com a data que isso afeta seu comportamento, tomada de decisões e até mesmo sua saúde mental.
Por exemplo, algumas pessoas se sentem mais ansiosas, menos produtivas ou até evitam realizar atividades importantes nesse dia, temendo que algo ruim aconteça. A ciência, no entanto, sugere que esse medo é exagerado e sem base real.
A visão crítica e as alternativas à superstição
É importante lembrar que a sexta-feira, 13, assim como outras superstições, faz parte de um fenômeno cultural e não tem base científica concreta. Não há evidências que provem que o azar esteja associado a essa data. Para aqueles que desejam se livrar desse medo, adotar uma abordagem mais racional e informada pode ser fundamental para quebrar o ciclo da superstição.
Se você sente que a data traz mal-estar ou ansiedade, vale a pena refletir sobre o impacto das superstições em sua vida e questionar as fontes que sustentam esses mitos. Embora a sexta-feira, 13 continue sendo temida por muitos, a ciência afirma que essa superstição não possui fundamento concreto.
O medo gerado por essa data está mais relacionado a fatores culturais e psicológicos do que a qualquer elemento sobrenatural. Da próxima vez que você se deparar com a sexta-feira 13, lembre-se de que não há motivos reais para temer. Aproveite o dia com a certeza de que ele será como qualquer outro.