Nem seis, nem oito copos por dia: veja o que é mito e o que verdade sobre beber água

Beber água é essencial para o bom funcionamento do corpo, mas a ideia de que todos devem consumir exatamente dois litros por dia, o equivalente a seis a oito copos, é um mito sem base científica. Entenda o que é verdade sobre beber água! 

Nem seis, nem oito copos por dia: veja o que é mito e o que verdade sobre beber água
Imagem gerada por IA

 

Segundo a BNews, a recomendação, que surgiu nos Estados Unidos no século XX, se popularizou com o tempo, impulsionada por campanhas de saúde e interesses comerciais, mas carece de comprovação científica.

Jamille Novaes, colaboradora do FDR, comenta sobre a água. 

Quanto copos de água devem ser bebidos durante o dia? 

A quantidade ideal de água varia de pessoa para pessoa e depende de fatores como peso corporal, alimentação, nível de atividade física, clima e metabolismo. 

Uma fórmula comum sugere o consumo de 35 ml de água por quilo de peso. Assim, uma pessoa de 70 kg, por exemplo, deveria ingerir cerca de 2,45 litros de água por dia, considerando também a água presente nos alimentos. Frutas, vegetais, sopas e até outras bebidas contribuem para essa hidratação.

Pesquisas como a de Heinz Valtin (2002) e estudos mais recentes publicados na revista Science reforçam que não há uma quantidade única ideal. O mais seguro é seguir o instinto natural do corpo: beber quando sentir sede.

No entanto, o exagero também pode fazer mal. De acordo com o Estado de Minas, o médico e fisiologista Dr. Paulo Muzy o consumo excessivo de água pode levar à hiponatremia, uma condição séria causada pela diluição excessiva do sódio no sangue. 

Os sintomas incluem náuseas, confusão mental, dores de cabeça e, em casos graves, convulsões e coma.

Sinais de que você pode estar bebendo água demais incluem urinar frequentemente, urina totalmente incolor, inchaço e até sensação de sede constante. Para evitar riscos, o ideal é beber água aos poucos ao longo do dia, prestar atenção aos sinais do corpo e ajustar a ingestão de acordo com sua rotina.

Ou seja: a hidratação deve ser personalizada, com bom senso. Nem sempre “mais” é melhor.

 

Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).