Especialista garante que guardar dinheiro em casa é mais arriscado do que você pensa

É tentador manter o dinheiro ao alcance das mãos, especialmente em momentos de incerteza econômica. No entanto, o que parece ser uma medida de segurança, guardar dinheiro em casa pode, na verdade, expor suas finanças a riscos muito maiores do que você imagina. Especialistas em finanças alertam que essa prática, comum em gerações passadas, é um erro grave nos dias atuais, minando seu poder de compra e expondo seus recursos a perigos desnecessários.

Especialista garante que guardar dinheiro em casa é
mais arriscado do que você pensa. (Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

A crença de que guardar dinheiro em casa oferece controle total sobre os recursos é um engano. Embora você possa ter acesso imediato ao valor, essa comodidade vem com um custo alto em termos de segurança e rentabilidade. Em um cenário econômico dinâmico, deixar o dinheiro parado em casa significa uma perda constante de valor e a exposição a situações de risco que podem comprometer suas economias de forma irreversível.

Perigos de guardar dinheiro em casa

1. Assaltos e furtos: o risco mais óbvio e direto de guardar dinheiro em casa é a vulnerabilidade a roubos. Mesmo com cofres ou sistemas de segurança, sua residência pode ser alvo de criminosos. Em caso de assalto ou furto, o dinheiro guardado não possui qualquer tipo de seguro ou garantia de recuperação, resultando em uma perda total e irrecuperável.

2. Desvalorização pela inflação: o dinheiro parado em casa não gera qualquer tipo de rendimento. Em um cenário de inflação, o aumento geral dos preços de bens e serviços, seu poder de compra diminui progressivamente. Enquanto os custos de vida sobem, o valor nominal do seu dinheiro permanece o mesmo, mas o seu valor real se desvaloriza. Ao longo do tempo, aquilo que você guardou hoje comprará muito menos no futuro.

3. Perda de rendimento e custo de oportunidade: ao optar por guardar dinheiro em casa, você perde a oportunidade de fazer seu dinheiro render. Mesmo as opções de investimento mais conservadoras, como a poupança, oferecem algum tipo de rentabilidade, protegendo seu capital da inflação e, em alguns casos, até gerando lucros reais. Deixar o dinheiro “dormindo” significa abrir mão de ganhos potenciais que poderiam contribuir para a sua estabilidade financeira e a realização de seus objetivos.

Opções inteligentes para suas economias

Para proteger seu patrimônio e ainda fazê-lo crescer, existem diversas alternativas mais seguras e rentáveis do que guardar dinheiro em casa:

  • Conta Poupança: embora a rentabilidade seja modesta, a poupança é uma opção segura, protegida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Permite acesso fácil ao dinheiro e é isenta de Imposto de Renda.
  • Contas Digitais Remuneradas: muitos bancos digitais oferecem contas-correntes que rendem automaticamente um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), geralmente superior à poupança e com liquidez diária.
  • Tesouro Direto (Tesouro Selic): considerado um dos investimentos mais seguros do Brasil, o Tesouro Selic rende conforme a taxa básica de juros da economia e oferece liquidez diária, sendo ideal para a reserva de emergência.