O comer emocional é uma realidade para muitas pessoas, um hábito em que a comida se torna uma forma de lidar com emoções como ansiedade, estresse, tristeza ou até mesmo alegria.

hábito de comer por ansiedade. (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo)
Diferente da fome física, que surge gradualmente e sinaliza a necessidade de nutrientes, o comer emocional é repentino e frequentemente direcionado a alimentos específicos, geralmente ricos em açúcar, gordura e calorias, oferecendo um conforto momentâneo que, a longo prazo, pode trazer consequências para a saúde física e mental, além de impactar negativamente o emagrecimento e o bolso.
Reconhecer o padrão do comer emocional é o primeiro passo para controlar esse hábito. Muitas vezes, a busca por alívio na comida se torna um ciclo vicioso: a emoção negativa desencadeia a vontade de comer, o alimento traz uma satisfação imediata, seguida por sentimentos de culpa e frustração, que podem levar a mais comer emocional.
Compreender os gatilhos emocionais, desenvolver estratégias de autoconsciência e encontrar substituições comportamentais saudáveis são caminhos importantes para quebrar esse ciclo e construir uma relação mais equilibrada com a alimentação.
Sinais do comer emocional
Reconhecer se a sua fome é física ou emocional é crucial. A fome física geralmente vem acompanhada de sinais como ronco no estômago e pode esperar, enquanto a fome emocional surge de repente, mesmo após ter se alimentado recentemente, e direciona o desejo para alimentos específicos, trazendo uma sensação de urgência que não passa com outras atividades. Além disso, o comer emocional frequentemente leva a sentimentos de culpa ou remorso após a ingestão.
Emoções e alimentação
O comer emocional não afeta apenas a saúde e o peso; ele também pode impactar suas finanças. A busca por conforto em alimentos frequentemente leva a gastos desnecessários com itens calóricos e pouco nutritivos, delivery frequente e compras por impulso de guloseimas, corroendo o orçamento mensal sem que se perceba. Controlar o comer emocional pode, portanto, trazer benefícios tanto para a saúde quanto para a economia.
Estratégias de autoconsciência
- Monitore suas emoções: comece a prestar atenção em como você se sente antes, durante e depois de comer. Anote em um diário alimentar não apenas o que você come, mas também as emoções que precederam a refeição;
- Diferencie a fome física da emocional: antes de comer, pergunte-se se você está realmente com fome física ou se alguma emoção está desencadeando a vontade de comer;
- Identifique seus gatilhos: reconheça as situações, pessoas ou emoções que costumam levar você a comer por ansiedade. Uma vez identificados, você pode começar a desenvolver estratégias para lidar com esses gatilhos de forma mais saudável.
Comportamento para lidar com a ansiedade
Em vez de recorrer à comida quando a ansiedade surge, experimente outras formas de lidar com essas emoções:
- Pratique atividades relaxantes: meditação, respiração profunda, yoga ou ouvir música podem ajudar a acalmar a mente e reduzir a ansiedade;
- Exercite-se: a atividade física libera endorfinas, que têm um efeito positivo no humor e podem ajudar a diminuir a vontade de comer por impulso;
- Busque apoio social: converse com amigos, familiares ou um terapeuta sobre seus sentimentos. Compartilhar suas emoções pode aliviar a ansiedade e reduzir a necessidade de buscar conforto na comida.;
- Envolva-se em hobbies: encontre atividades que você goste e que possam distraí-lo da vontade de comer por ansiedade, como ler, pintar, jardinagem ou qualquer outra atividade que lhe traga prazer.