FDR seleciona lista de “erros bobos” na declaração do IR que podem te levar à malha fina

ARAGUARI, MG — A temporada de entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) de 2025 está em pleno andamento, e muitos contribuintes ainda cometem deslizes que podem resultar na temida malha fina. Pequenos erros na declaração do IR, muitas vezes considerados “bobos”, podem levar à retenção da declaração pela Receita Federal, atrasando a restituição e, em alguns casos, resultando em multas significativas.

FDR seleciona lista de “erros bobos” na declaração do IR que podem te levar à malha fina. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

A Receita Federal utiliza sistemas avançados para cruzar as informações fornecidas pelos contribuintes com dados de empresas, instituições financeiras, prestadores de serviços de saúde e outros órgãos. Qualquer inconsistência pode gerar a retenção da declaração para análise mais detalhada. Por isso, é fundamental estar atento aos detalhes ao preencher a declaração do IR.

O que é a malha fina do Imposto de Renda 2025?

No Imposto de Renda 2025, a malha fina representa uma etapa de verificação rigorosa realizada pela Receita Federal. Nessa fase, declarações com dados incorretos, omissões ou divergências são selecionadas para análise mais aprofundada.

A atuação da malha fina no Imposto de Renda 2025 tem como objetivo cruzar as informações declaradas com as fornecidas por fontes como empresas, bancos e planos de saúde. Qualquer incompatibilidade pode gerar retenção e atrasar a restituição.

No envio do Imposto de Renda 2025, a Receita Federal cruza automaticamente os dados do contribuinte com informações prestadas por terceiros. Esse processo envolve empresas, instituições financeiras, profissionais de saúde e instituições de ensino.

No Imposto de Renda 2025, qualquer divergência entre os dados informados pode levar à retenção da declaração. Nesses casos, a Receita notifica o contribuinte para que ele regularize a situação e evite complicações futuras.

Principais erros na declaração do IR que levam à malha fina

1. Omissão de rendimentos:

Um dos erros mais comuns é deixar de declarar todos os rendimentos recebidos ao longo do ano. Isso inclui salários, alugueis, pensões, aposentadorias e rendimentos de investimentos. A Receita Federal tem acesso a essas informações por meio de informes fornecidos por empregadores, bancos e outras instituições. Omissões podem resultar em penalidades severas.

2. Despesas médicas sem comprovação:

Declarar despesas médicas sem os devidos comprovantes é outro erro frequente. A Receita exige que todas as despesas médicas sejam devidamente documentadas. Além disso, é importante que os prestadores de serviços de saúde também informem essas despesas à Receita. Inconsistências entre as informações podem levar à malha fina.

3. Informações divergentes com a fonte pagadora:

Erros de digitação ou divergências nos valores informados em relação aos informes de rendimentos fornecidos pelas fontes pagadoras são motivos comuns para a retenção da declaração. É essencial conferir cuidadosamente todos os dados antes de enviá-los à Receita.

4. Inclusão indevida de dependentes:

Incluir dependentes que não se enquadram nos critérios estabelecidos pela Receita ou que já foram incluídos em outra declaração pode gerar problemas. É necessário verificar se o dependente atende aos requisitos e se não está sendo declarado por outra pessoa.

5. Erros na declaração de investimentos:

Investidores devem ter atenção redobrada ao declarar rendimentos de aplicações financeiras, como ações, fundos de investimento e criptomoedas. Informações incorretas ou incompletas podem resultar em inconsistências que levam à malha fina.

Consequências de cair na malha fina

Quando a declaração é retida na malha fina, o contribuinte pode enfrentar diversas consequências, como:

  • Atraso na restituição: A liberação dos valores pode ser postergada até que as pendências sejam resolvidas;

  • Multas e juros: Caso seja constatado que houve omissão de rendimentos ou outras irregularidades, o contribuinte pode ser penalizado com multas que variam de 20% a 150% do valor do imposto devido, além de juros;

  • Exigência de comprovação documental: O contribuinte pode ser convocado a apresentar documentos que comprovem as informações declaradas.

Como evitar erros na declaração do IR

Para evitar cair na malha fina, é recomendável seguir algumas práticas:

  • Organização dos documentos: Mantenha todos os comprovantes de rendimentos, despesas e investimentos organizados e acessíveis;

  • Conferência dos dados: Verifique cuidadosamente todas as informações antes de enviar a declaração;

  • Utilização do programa da Receita: Utilize o programa oficial da Receita Federal para preencher e enviar a declaração, garantindo que todas as atualizações e regras sejam aplicadas corretamente;

  • Consulta ao e-CAC: Após o envio, acompanhe o processamento da declaração por meio do portal e-CAC da Receita Federal para verificar se há pendências.

O que fazer se cair na malha fina?

Caso a declaração seja retida, o contribuinte deve:

  1. Acessar o e-CAC: Verifique o motivo da retenção e as orientações fornecidas pela Receita;

  2. Corrigir as informações: Se identificar erros, envie uma declaração retificadora com os dados corretos;

  3. Apresentar documentos: Se necessário, envie os documentos comprobatórios solicitados pela Receita;

  4. Acompanhar o processo: Continue monitorando o status da declaração até que a situação seja regularizada.

Evitar a malha fina exige atenção aos detalhes e cumprimento rigoroso das exigências da Receita Federal. Pequenos erros na declaração do IR podem resultar em grandes transtornos. Portanto, é fundamental revisar cuidadosamente todas as informações antes de enviá-las e manter uma organização eficiente dos documentos fiscais. Em caso de dúvidas, buscar a orientação de um contador ou especialista pode ser uma medida prudente para garantir a conformidade com as obrigações fiscais.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.