As companhias aéreas podem proibir o embarque de cão de serviço?

Recentemente, um novo caso envolvendo cães de assistência e o embarque em um avião. Dessa vez, foi a companhia aérea TAP que contrariou uma ordem judicial que obrigava o embarque de um animal de assistência na cabine do avião. Isso ressurgiu uma dúvida na mente dos brasileiros: as companhias aéreas podem proibir o embarque do cão de serviço?  

As companhias aéreas podem proibir o embarque de cão de serviço?
Imagem: FDR

 

Segundo a UOL, a empresa tem autonomia para decidir e podem recusar o embarque de cães de serviço. No entanto, a recusa deve ser fundamentada em motivos legítimos, como segurança operacional ou comportamental do animal. 

A legislação brasileira assegura o direito de passageiros com deficiência visual de viajar acompanhados de cães-guia, sem custos adicionais e com a devida documentação. No entanto, para cães de assistência emocional ou outros animais de apoio, a situação é mais complexa.

Entenda a história do cão de serviço que foi proibido de embarcar

  • Teddy, um cão de assistência de uma menina autista de 12 anos, foi impedido de viajar na cabine pela segunda vez no último sábado;

  • A primeira tentativa foi feita em 8 de abril;

  • No dia, a família escolheu embarcar sem o cachorro e entrar com um pedido na Justiça para que ele pudesse embarcar depois. 

Como funciona o embarque de cão de serviço em aviões?

As companhias aéreas têm autonomia. Elas não são obrigadas a transportar animais de assistência emocional.

A Portaria da ANAC dá respaldo às companhias. A Portaria nº 12.307/2023 estabelece que: cada companhia pode criar suas próprias regras para transporte de animais de estimação ou suporte emocional.

Pode haver recusa de embarque com base:

  • Na capacidade da aeronave;

  • No espaço disponível na cabine;

  • Na capacidade de atendimento da tripulação;

  • E no risco à segurança das operações aéreas.

No entanto, cães-guia são exceção. Eles Têm transporte obrigatório e gratuito garantido por lei, além disso, devem viajar no chão da cabine, ao lado do tutor, desde que atendam às exigências legais.

 

Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).