ARAGUARI, MG — Empresas que lidam com diversas guias de pagamento devem ficar atentas ao golpe do boleto, uma fraude que tem causado prejuízos reais ao setor corporativo. Criminosos emitem boletos falsos com aparência legítima para enganar os pagadores. A prática criminosa costuma ocorrer em momentos estratégicos, como no recolhimento de tributos.

A semelhança com documentos oficiais exige cuidado redobrado na conferência das informações. Identificar fraudes exige atenção a detalhes como dados do beneficiário, CNPJ e código de barras. A adoção de boas práticas pode evitar grandes transtornos financeiros.
Como funciona o golpe do boleto falso?
O golpe do boleto tem se tornado uma dor de cabeça para quem utiliza esse meio tradicional de pagamento, principalmente no meio empresarial. Apesar de parecer confiável, esse recurso pode ser manipulado por criminosos para enganar pagadores. A armadilha envolve a criação de documentos com dados falsificados que desviam o valor pago para contas de fraudadores.
Mesmo com mecanismos de segurança, boletos adulterados circulam facilmente. Embora o boleto bancário seja registrado nos sistemas das instituições financeiras, golpistas conseguem alterar dados essenciais, como o código de barras e o favorecido, sem levantar suspeitas imediatas. Com isso, quem paga acredita estar quitando um débito real, mas acaba transferindo dinheiro para uma conta fraudulenta.
A modificação quase imperceptível nos dados dificulta a detecção do golpe. Esses boletos falsificados podem chegar por e-mail, mensagens, aplicativos ou até fisicamente, com aparência idêntica aos verdadeiros. A semelhança é tamanha que exige atenção minuciosa dos responsáveis pelo pagamento.
Empresas que apuram tributos trimestrais, como IRPJ e CSLL, estão entre as mais visadas. Fraudes são comuns durante esses períodos, aproveitando-se do calendário fiscal apertado. Em muitos casos, criminosos replicam boletos legítimos, alteram o vencimento e inserem dados falsos da Receita Federal. Por isso, é essencial checar a autenticidade antes de efetuar qualquer pagamento.
Como identificar um boleto falso?
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Confira os dados do emissor: Observe se o nome do banco está correto e corresponde ao código numérico exibido no boleto. Inconsistências ou erros de digitação são pistas claras de falsificação. Se o documento mencionar uma fintech ou empresa parceira, certifique-se de que ela realmente participa da operação. Logotipos distorcidos ou campos genéricos também devem acender o alerta.
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Atenção ao código de barras: Os três primeiros números da linha representam o banco emissor e devem coincidir com o nome da instituição. Se houver divergência, desconfie imediatamente da autenticidade do boleto. Os fraudadores costumam alterar o código de barras para dificultar a leitura automática, forçando o usuário a digitar os números manualmente — momento em que a fraude se concretiza.
- Verifique o valor a ser pago: O valor do boleto deve sempre bater com o acordado ou com o histórico de pagamentos. Pequenas variações podem ser intencionais, justamente para passarem despercebidas. Boletos de tributos com valores alterados devem ser conferidos nos sites oficiais, como o da Receita Federal. Quando há dúvida, o ideal é emitir a guia novamente diretamente no sistema do órgão.