ARAGUARI, MG — O BPC tem ganhado destaque como um dos principais benefícios sociais do Brasil, disputando espaço com o Bolsa Família. A demanda por esse benefício cresce entre famílias em situação de vulnerabilidade. Nos últimos anos, o Benefício de Prestação Continuada já ultrapassou o BF em gastos públicos em 1.167 municípios, mostrando sua importância crescente na rede de proteção social do país.
Um levantamento da CNN mostra que o BPC registrou um crescimento expressivo a partir de meados de 2022. Foram 31 meses consecutivos de aumento no número de beneficiários, segundo dados oficiais. Durante esse período, o programa ampliou seu alcance em 33%, o que representa cerca de 1,6 milhão de pessoas a mais recebendo o benefício, conforme o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
O que justifica o crescimento acelerado do BPC?
O crescimento acelerado do BPC está ligado à implementação de novas normas para sua concessão, além de alterações legislativas e administrativas recentes. Essas mudanças, junto com uma evolução no entendimento da Justiça, impulsionaram o aumento dos benefícios.
Esse cenário de transformação no BPC ocorre em meio a um contexto previdenciário e econômico em constante mudança. A combinação desses fatores criou uma verdadeira expansão na quantidade de benefícios concedidos.
O avanço do BPC é expressivo e rápido. Entre 2023 e 2025, os municípios em que o benefício supera o Bolsa Família no orçamento mais que dobraram, passando de 492 para 1.167, um crescimento de 137%. Gerenciado pelo INSS, o Benefício de Prestação Continuada tem seus pagamentos custeados integralmente pelo governo federal. Esse aumento reflete mudanças significativas no cenário social e econômico do país.
Em quais municiípios o BPC supera o Bolsa Família?
Entre as cidades em que o BPC já é maior que o Bolsa Família, estão desde capitais a pequenas cidades, como:
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Recife (PE);
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Campo Grande (MS);
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Curitiba (PR);
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Goiânia (GO);
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Belo Horizonte (MG);
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Não-Me-Toque (RS);
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Agronômica (SC);
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Vitória Brasil (SP);
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Itororó (BA).
O crescimento expressivo do BPC atraiu o olhar atento dos órgãos de fiscalização. O aumento no número de benefícios gerou questionamentos sobre suas causas e impactos. Para o ministro Antonio Anastasia, do Tribunal de Contas da União (TCU), essa expansão não pode ser atribuída a um único fator. Trata-se de um fenômeno multifacetado que merece análise cuidadosa.
Pagamentos do BPC e Bolsa Família podem ser acumulados?
A recente mudança na legislação alterou os critérios para os pagamentos do BPC e Bolsa Família. Com a Lei nº 14.601/2023, o valor do BPC deixou de ser contabilizado como renda familiar na análise do Bolsa Família. Com essa nova regra, famílias que recebem o BPC passaram a ter direito ao Bolsa Família.
O acúmulo dos benefícios agora é permitido, mesmo quando há mais de um beneficiário do BPC na mesma residência. Essa alteração amplia o alcance da assistência social e fortalece os pagamentos do BPC e Bolsa Família. O objetivo é garantir que mais famílias vulneráveis tenham acesso ao suporte necessário.
Como solicitar os pagamentos do BPC e Bolsa Família?
BPC
O BPC pode ser solicitado pelo aplicativo Meu INSS ou em uma agência da Previdência Social. O requerente deve apresentar CPF, RG e, no caso de pessoas com deficiência, laudos médicos e receitas. A última etapa é a perícia médica, que pode ser agendada pelo telefone 135 ou pelo próprio aplicativo Meu INSS. O resultado definirá a concessão do benefício.
Bolsa Família
Para ingressar no Bolsa Família, é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). O registro pode ser feito no CRAS mais próximo, apresentando CPF, RG de todos os familiares, comprovante de residência e, se houver, documentos de renda. Após o cadastro, os dados passam por análise para determinar a elegibilidade ao benefício. Se aprovado, os pagamentos do BPC e Bolsa Família serão disponibilizados conforme o calendário oficial.
Quem pode receber o BPC em 2025?
As regras do BPC exigem que a renda per capita dos beneficiários seja entre ¼ e meio salário mínimo para garantir o acesso ao benefício. Com o reajuste, esses valores passarão a variar entre R$ 353,00 e R$ 706,00. Este é um benefício mensal no valor de um salário mínimo, destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que não têm condições de se sustentar ou contar com o apoio da família para sua manutenção.
Como consultar o pagamento do BPC?
Para verificar os valores e a situação dos pagamentos, os beneficiários podem usar o portal ou aplicativo Meu INSS. Veja o passo a passo:
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Acesse o site https://www.meu.inss.gov.br/ ou aplicativo Meu INSS;
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Faça login com as credenciais do gov.br;
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Clique na opção “Extrato de Pagamento” para consultar as informações do benefício.
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