Mudanças à vista: conheça as regras do NOVO ENSINO MÉDIO

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — Mudanças aprovadas em julho de 2024 devem entrar em vigor em breve. O novo ensino médio contará com itinerários formativos. Assim, cada escola terá que oferecer pelo menos duas disciplinas optativas. Confira como será o ensino do seu filho.

Mudanças à vista: conheça as regras do NOVO ENSINO MÉDIO
Imagem: FDR

Após a aprovação do novo ensino médio cabia ao Conselho Nacional da Educação, órgão do Ministério da Educação (MEC), a definição das normas, o que aconteceu na última semana. A partir de agora as escolas já podem se preparar para a oferta dos itinerários formativos.

Esses itinerários são a parte personalizável do currículo, ou seja, disciplinas, oficinas, projetos e outras atividades definidas pela própria unidade escolar. A regra principal é que através deles os estudantes possam aprofundar seus conhecimentos das disciplinas obrigatórias.

Itinerários Formativos no Novo Ensino Médio

Pelas regras cada escola deve oferecer pelo menos dois componentes curriculares através dos itinerários formativos, são eles:

  • Matemáticas e suas Tecnologias;
  • Linguagens e suas Tecnologias;
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
  • Formação Técnica e Profissional.

O próprio estudante escolhe em quais vai se aprofundar, dentro as opções oferecidas pela escola.

Outra regra importante é que as escolas devem desenvolver os itinerários através dos projetos interdisciplinares, que serão focados nas áreas do conhecimento escolhidas pelos alunos.

Além disso, as mudanças devem ser implementadas em parceria entre União, estados, municípios e o DF, informa o g1.

Implementação dos itinerários formativos

A elaboração dos itinerários deve envolver:

  • Planejamento e implementação de ações administrativas, financeiras e pedagógicas na sua rede de ensino;
  • Elaboração, publicação e disseminação de orientações para apoiar as escolas e seus profissionais na revisão das suas propostas pedagógicas e na melhoria contínua dos processos de ensino e aprendizagem;
  • Planejamento e a realização de processos de formação continuada em serviço;
  • o aperfeiçoamento das estratégias e sistemas de avaliação do rendimento escolar e da aprendizagem;
  • Aperfeiçoamento dos processos de monitoramento e avaliação das políticas e programas educacionais voltados ao Ensino Médio;
  • Revisão e atualização da proposta pedagógica da escola;
  • Construção coletiva e colaborativa de processos de formação continuada em serviço, sob a liderança da equipe gestora;
  • Seleção, organização e disponibilização de materiais didáticos e insumos pedagógicos que fortaleçam os processos de ensino e aprendizagem;
  • Orientação do processo de escolha dos estudantes, considerando os Itinerários Formativos ofertados na instituição;
  • Acompanhamento permanente e à intervenção tempestiva de apoio à recuperação, recomposição e fortalecimento das aprendizagens;
  • Orientação dos estudantes para os momentos de transição no ingresso e na conclusão do Ensino Médio, considerando as oportunidades e possibilidades para a continuidade de seus estudos no Ensino Superior e as conexões com o ingresso no mundo do trabalho

Novo Ensino Médio

Em 2022 o Brasil viu o ensino médio mudar, porém, após as alterações geraram muitas críticas. Portanto, o MEC resolveu reavaliar essa etapa e vai implementar as seguintes alterações:

Ampliação da carga horária geral de 1.800 horas para 2.400 horas, e redução da carga horária das optativas de 1.200 horas para 600 horas;

A lista de disciplinas obrigatórias aumentou: além de português, matemática, educação física, arte, sociologia e filosofia, entrariam inglês, ciências da natureza e ciências humanas.

As alterações passaram a valer já em 2025, no entanto, o Conselho Nacional de Educação ainda precisava definir as normas. Agora com a resolução do CNE o país inaugura uma “padronização” do ensino médio.

 

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.