ARAGUARI, MG — O impacto da inflação no preço dos alimentos tem sido uma preocupação crescente para as famílias brasileiras em 2025. Com aumentos significativos nos custos de itens essenciais da cesta básica, o orçamento doméstico está cada vez mais comprometido, especialmente entre as camadas de menor renda.
Dados recentes indicam que o preço dos alimentos subiu 7,68% em março de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento reflete diretamente no custo da cesta básica, que em 2024 já havia registrado uma alta de 14,2%, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O aumento no preço dos alimentos não é uniforme em todo o país. Em janeiro de 2025, 13 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese apresentaram elevação no custo da cesta básica, com destaque para Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). Produtos como tomate, batata, óleo de soja, leite e derivados, arroz e feijão foram os que mais encareceram, impactando diretamente o consumo das famílias.
O que justifica a alta no preço dos alimentos?
Diversos fatores contribuem para o aumento no preço dos alimentos. Entre eles, destacam-se as condições climáticas adversas, como secas e chuvas intensas, que afetam a produção agrícola; a valorização do dólar, que torna as exportações mais atrativas e reduz a oferta interna; e o aumento da demanda global por alimentos. Além disso, o custo elevado de insumos e combustíveis também influencia os preços finais ao consumidor.
Como enfrentar a alta no preço dos alimentos no atual cenário econômico?
Diante desse cenário, especialistas recomendam algumas estratégias para mitigar os efeitos da inflação no orçamento familiar:
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Planejamento de compras: fazer listas e evitar compras por impulso;
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Substituição de produtos: optar por alimentos da estação ou por marcas mais acessíveis;
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Aproveitamento integral dos alimentos: utilizar cascas, talos e folhas em preparações culinárias;
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Busca por promoções: aproveitar ofertas e descontos em supermercados e feiras.
Além disso, é fundamental que políticas públicas sejam implementadas para controlar a inflação e garantir a segurança alimentar da população.