ARAGUARI, MG — Comprar carros usados pode ser uma excelente forma de economizar na aquisição de um veículo, especialmente com os preços dos modelos novos em alta. No entanto, é preciso atenção redobrada, pois o mercado de seminovos, embora aquecido, ainda abriga armadilhas preparadas por vendedores mal-intencionados. Saber identificar essas ciladas é essencial para garantir um bom negócio e evitar prejuízos futuros.

Muitos compradores de carros usados acabam descobrindo problemas mecânicos, irregularidades na documentação ou até adulterações que só vêm à tona depois da compra. Por isso, o ideal é agir com cautela e buscar informações antes de fechar qualquer acordo. A seguir, listamos cinco armadilhas comuns e como você pode se proteger.
5 armadilhas escondidas na compra de carros usados
1. Defeitos mecânicos mascarados:
Uma das práticas mais frequentes entre vendedores desonestos é disfarçar problemas mecânicos do veículo. Alguns exemplos incluem motor com falhas internas, sistema de ar-condicionado inoperante ou câmbio com desgaste oculto. Muitas vezes, esses problemas são “maquiados” com reparos temporários apenas para passar a impressão de que o carro está em bom estado.
Como evitar: Leve o carro a um mecânico de confiança antes de fechar negócio. Uma vistoria cautelar detalhada pode identificar falhas que o vendedor não mencionou.
2. Adulteração de quilometragem:
Reduzir o número de quilômetros rodados no painel é uma prática ilegal, mas ainda recorrente. Um veículo com 180 mil km pode aparecer com apenas 80 mil km, tornando-se mais atrativo para o comprador desavisado.
Como evitar: Solicite o histórico de revisões na concessionária ou use aplicativos como o Checkauto ou o Olho no Carro, que oferecem laudos com dados confiáveis do veículo, inclusive registros de quilometragem.
3. Documentação irregular ou incompleta:
Outra armadilha é vender o carro com pendências legais ou com o documento de transferência em nome de terceiros. Isso pode gerar problemas na hora de regularizar o veículo ou mesmo resultar na perda do bem, caso ele tenha sido envolvido em crimes ou leilões.
Como evitar: Consulte o Detran do seu estado para verificar a situação do carro. O site permite checar multas, IPVA atrasado, restrições judiciais e histórico de leilão.
4. Garantia enganosa ou inexistente:
Alguns vendedores prometem garantia de 3 meses, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor, mas se negam a cumprir caso o carro apresente problemas. Outros, especialmente vendedores particulares, alegam “venda no estado”, eximindo-se de responsabilidade.
Como evitar: Formalize a venda com contrato e, se possível, adquira de lojas confiáveis ou com boa reputação. Exija nota fiscal ou recibo, mesmo em vendas entre particulares.
5. Preço muito abaixo do mercado:
Preços atrativos demais devem acender um alerta. Em muitos casos, o carro pode estar com problemas ocultos, ser fruto de sinistro ou até mesmo ter a procedência criminosa, como carros clonados ou roubados.
Como evitar: Consulte a Tabela Fipe, que indica o valor médio de mercado do modelo. Desconfie de grandes diferenças no preço, especialmente se o vendedor pressionar para uma decisão rápida.