O mundo da ciência foi recentemente surpreendido com a descoberta de um “smartphone” com mais de 1000 anos. O artefato, entretanto, é um astrolábio antigo, que está no Fondazione Museo Miniscalchi-Erizzo, em Verona, Itália.
O objeto, datado do século XI, ganhou destaque por suas inscrições em árabe e hebraico. Tais traços confirmam um intenso intercâmbio científico entre culturas muçulmanas, judaicas e cristãs durante a Idade Média.
A historiadora Dra. Federica Gigante, da Universidade de Cambridge, foi responsável por redescobrir o objeto. Objeto, aliás, que continua a gerar interesse global por suas implicações históricas.
A redescoberta ocorreu em março de 2024, quando Gigante visitou o museu e identificou o astrolábio entre coleções pouco exploradas.
Assim como os smartphones modernos, o astrolábio servia como uma ferramenta multifuncional. Ou seja, era capaz de medir o tempo, calcular distâncias e posições estelares.
O que é um astrolábio? O smartphone de 1000 anos
O astrolábio era um dispositivo avançado para sua época. Ele funcionava como um sistema portátil de navegação celeste.
O processo de adaptação do astrolábio incluiu traduções e modificações realizadas por muçulmanos, judeus e cristãos ao longo dos séculos.
Assim, cada mudança realizada pelos seus usuários ao longo do tempo expandia suas funções, comparável à adição de aplicativos em smartphones hoje.
Intercâmbio científico entre culturas
Se você pensou que o astrolábio se relacionava a um smartphone por conta da aparência, devemos alertar que não é por isso. Afinal, sua importância transcender suas funcionalidades técnicas.
O principal motivo, é porque o objeto simboliza um rico meio de intercâmbio cultural. As inscrições em múltiplos idiomas mostram este diálogo entre civilizações diferentes.
Isso destaca a contemporaneidade de seu uso e adaptação entre diferentes povos, reforçando a natureza colaborativa do progresso científico.
O que vem após esta descoberta histórica?
A redescoberta do astrolábio, sem dúvida, é um marco que sublinha a sofisticação tecnológica dos antepassados. Ele é um exemplo tangível do intercâmbio cultural que pavimentou a estrada para a ciência moderna.
Apesar de suas origens em uma época antiga, vê-lo como “smartphone” medieval amplia nossa percepção sobre as capacidades tecnológicas de sociedades passadas.