Descoberta surpreendente: mente opera como supercomputador quântico e quase ninguém sabia

Os pesquisadores fizeram uma descoberta surpreendente: as proteínas ricas em triptofano (um aminoácido conhecido por absorver luz ultravioleta e emitir um leve brilho) podem funcionar como redes de computação quântica. Essas redes podem ajudar a proteger as células de danos, além de armazenar e transmitir dados de maneiras mais rápidas e eficientes. 

Descoberta surpreendente: mente opera como supercomputador quântico e quase ninguém sabia
Imagem: Gerd Altmann do Pixabay

 

Segundo o The Brighter Side, acredita-se que os efeitos quânticos existam apenas em sistemas frios e controlados. Isso porque, computadores quânticos precisam operar em temperaturas mais frias que as do espaço sideral para evitar interferências. O calor, geralmente, destroi propriedades necessárias para o comportamento quântico.

No entanto, os sistemas vivos são tudo menos silenciosos. São quentes, ativos e cheios de ruído químico. Células, proteínas e neurônios são grandes demais para os padrões quânticos. Porém, uma pesquisa encontrou evidências de que a vida não apenas tolera efeitos quânticos, ela pode depender deles.

Entenda as descobertas surpreendentes da pesquisa

  • Redes gigantes de moléculas de triptofano em estruturas celulares (microtúbulos, centríolos e neurônios) atuam como sistemas ópticos quânticos.

  • Confirmaram a presença de superradiância antes observada só em sistemas atômicos em matéria viva e quente.

  • O estudo publicado na Science Advances, o conecta termodinâmica, relatividade e mecânica quântica.

Qual a importância do triptofano?

  • Possui anel indol: absorve UV e tem forte fluorescência (desvio de Stokes).

  • Presente em membranas celulares, fotorreceptores, hemoglobina e citoesqueleto.

  • Atua em ambientes críticos da célula e mantém propriedades quânticas mesmo com desordem.

O estudo abre portas para entender a vida sob uma nova ótica quântica, com consequências diretas para medicina, astrobiologia e IA.

 

Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).