Nos últimos dois meses, o Brasil vem enfrentando um aumento nos casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador de bronquiolite, e o da influenza A. Com mais da metade do país apresentando também uma incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), as autoridades estão preocupadas.
Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo
Segundo o Tribuna de Minas, os dados foram divulgados pelo Instituto Todos pela Saúde e pelo boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz.
O Sudeste, o estado de Goiás e o Distrito Federal são os que mais sofrem com o aumento dos casos de VSR. Já a Influenza A vem aumentando em todas as faixas etárias nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Aumento de VSR, influenza A e SRG no Brasil
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O VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e rinovírus estão impulsionando casos de SRAG, principalmente em crianças pequenas;
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Regiões com alta incidência: Centro-Sul, Norte e Nordeste do Brasil;
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Faixas etárias mais afetadas: Crianças e adolescentes de até 14 anos;
A Influenza A predomina entre jovens, adultos e idosos nos estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso do Sul.
São Paulo registrou aumento de SRAG em todas as faixas etárias acima de 15 anos. A causa provável é o clima frio que favorece ambientes fechados e mal ventilados, aumentando a transmissão viral.
Por isso, é importante lembrar da importância da vacinação. A vacina não impede totalmente a infecção, mas reduz o risco de formas graves, internações e mortes.
Vacina contra influenza
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Produzida com vírus inativado (não causa gripe).
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Pode causar reações leves em até 48h (dor local, febre).
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A reaplicação anual é necessária por causa da mutação do vírus.
A campanha nacional de 2025 começou em 7 de abril, voltada aos grupos prioritários:
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Crianças de 6 meses a 6 anos;
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Gestantes e puérperas;
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Idosos (60+);
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Povos indígenas e quilombolas;
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Pessoas em situação de rua.
Vacinas e Anticorpos contra VSR
Rede pública (SUS)
Palivizumabe (AstraZeneca)
Aplicado em bebês de alto risco: prematuros até 28 semanas e 6 dias (até 1 ano de vida) e bebês com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita (até 2 anos)
Previstos para o SUS (2º semestre de 2025):
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Abrysvo (Pfizer) – para gestantes entre 24 e 36 semanas;
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Nirsevimabe (Sanofi) – anticorpo monoclonal para crianças até 2 anos com comorbidades.
Yasmin Souza, especialista do FDR, comenta sobre o SUS, confira.
Rede privada
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Arexvy (GSK) – para idosos;
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Abrysvo (Pfizer) – para idosos, adultos com comorbidades e gestantes (protege o bebê via anticorpos maternos).