Uma importante alteração no imposto de renda para pessoas físicas (IRPF) começou a valer na última quinta-feira (01/05). A faixa de isenção foi ampliada, beneficiando quem recebe até R$ 3.036 por mês, o que equivale a dois salários mínimos considerando o valor atual.

tabela impacta seu bolso. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
Essa medida representa um passo concreto no cumprimento da promessa de campanha do presidente Lula de isentar do imposto de renda aqueles que ganham até dois salários mínimos durante seu mandato. Uma primeira atualização na tabela do IR já havia ocorrido em 1º de maio do ano passado.
Nova tabela do imposto de renda
É importante notar que o impacto dessa nova faixa de isenção será sentido pelos contribuintes no próximo ano, durante o período de entrega da declaração do IRPF 2026. Essa declaração terá como base os rendimentos recebidos ao longo de 2025.
Assim como na atualização anterior, a mudança na tabela progressiva do imposto de renda se restringe às duas primeiras faixas de tributação. As demais faixas de renda e suas respectivas alíquotas permanecem inalteradas desde 2015.
Para aqueles que receberem mensalmente valores superiores a dois salários mínimos (R$ 3.036) a partir de maio de 2025, o cálculo do imposto de renda sobre seus rendimentos seguirá as faixas e alíquotas da tabela progressiva, conforme detalhado abaixo:
Base de Cálculo (R$) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir do IR (R$) |
Até 2.259,20 | Isento | 0 |
De 2.259,21 até 2.826,65 | 7,5 | 169,44 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15 | 381,44 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,5 | 662,77 |
Acima de 4.664,68 | 27,5 | 896,00 |
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, ensina o melhor truque para ganhar prioridade na restituição do Imposto de Renda.
Reforma mais ampla em análise
O governo federal enviou ao Congresso, em março deste ano, um projeto de lei que propõe uma reforma mais abrangente da tabela do Imposto de Renda. Essa proposta prevê, inclusive, a isenção para quem ganha até R$ 5 mil.
Para compensar a potencial perda de arrecadação com a isenção para as faixas de menor renda, o projeto de lei em análise sugere a cobrança de alíquotas fixas adicionais para contribuintes com rendimentos superiores a R$ 600 mil, de forma progressiva. Caso seja aprovado ainda em 2025, essas novas regras poderiam entrar em vigor já a partir de 2026.