A atividade econômica do Brasil surpreendeu os analistas ao registrar em janeiro um crescimento muito diferente das projeções mais modestas para o período. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, subiu 0,9% em relação a dezembro, superando a previsão de 0,22% divulgada por economistas.
Muitos investidores atentos ao cenário macroeconômico passaram a observar tendências de ativos digitais e acompanhar as notícias de Bitcoin, já que o mercado de criptomoedas costuma reagir a alterações no ambiente financeiro. Embora o relatório do Banco Central não detalhe profundamente os fatores que influenciaram esse resultado positivo, especialistas apontam o bom desempenho do setor de serviços como um fator importante.
Conforme algumas projeções de consultorias do mercado, esse setor deve continuar expandindo em função do aumento da mobilidade e da demanda reprimida por vários serviços no último ano. Além disso, a inflação acumulada nos últimos meses permanece em um patamar ainda elevado, mas com sinais de desaceleração, o que pode indicar um cenário de maior confiança para consumidores e empresários.
Estudos indicam que o número de investidores brasileiros em criptomoedas pode crescer mais de 969%, atingindo 32 milhões de pessoas até 2025. Além disso, a receita do setor está projetada para alcançar US$ 2 bilhões nesse período. Mas a inflação acumulada permanece alta, apesar dos sinais de desaceleração. Em fevereiro de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31%, a maior para o mês em 22 anos, elevando a inflação acumulada em 12 meses para 5,06%.
De toda forma, o impacto desse crescimento econômico não é uniforme em todas as regiões, já que algumas áreas e segmentos enfrentam recuperação mais lenta após as recentes dificuldades que enfrentou a economia em todo o mundo. Mesmo assim, a divulgação do IBC-Br e o consequente otimismo de parte do mercado reforçam discussões sobre o ritmo de cortes na taxa de juros ao longo deste ano.
Já que a política monetária restritiva permanece como um dos principais instrumentos de controle inflacionário. Empresários de setores industriais também demonstram interesse nesse acontecimento, pois a redução dos custos de financiamento poderia impulsionar novos investimentos e ampliar a capacidade de produção.
Segundo dados oficiais do Banco Central, o país tem mantido programas de incentivo ao crédito para pequenas e médias empresas, medida que pode contribuir para um crescimento mais robusto nos próximos meses. Analistas alertam, porém, que eventuais riscos externos, como flutuações no mercado de commodities ou instabilidade política em países parceiros comerciais, podem limitar o ímpeto da economia brasileira.