Consignado do CLT: como aproveitar os R$ 8 bilhões liberados pelos bancos

SALESóPOLIS, SP — Já foram liberados R$ 8,2 bilhões em financiamentos pelo empréstimo consignado do trabalhador celetista, o programa Crédito do Trabalhador. Pelo menos 1,5 milhão de pessoas que atuam com carteira assinada já conseguiram acessar o empréstimo. 

crédito do trabalhador
Consignado do CLT: como aproveitar os R$ 8 bilhões liberados pelos bancos
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Já estão valendo as duas novas regras de funcionamento do empréstimo consignado criado para o CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas). A ideia é expandir a proposta de crédito, com mais chances de aprovação. 

Novidades no empréstimo consignado do CLT

Desde a última sexta-feira (25) duas importantes mudanças começaram a valer no empréstimo consignado contratado pelo CLT:

  1. Agora o trabalhador pode pedir pelo crédito direto no App do seu banco de confiança, não precisa mais passar pelo filtro do App da Carteira de Trabalho Digital;
  2. O trabalhador que já tem empréstimo consignado, ou Crédito Direto ao Consumidor (CDC), pode solicitar a troca da dívida, porém no mesmo banco. A opção é recomendada para tentar um valor menor de juros, diminuição de parcelas, entre outras vantagens.

A portabilidade da dívida para outro banco vai ficar disponível apenas a partir de junho. Por hora, a troca de empréstimo só vale para a mesma instituição. 

Como aproveitar o consignado do trabalhador CLT?

Inicialmente, o pedido do empréstimo consignado era feito pelo App Carteira de Trabalho Digital. Depois de informar que gostaria de receber opções de empréstimo consignado, os bancos avaliavam a ficha daquele colaborador.

Em até 24 horas os bancos disponibilizavam a sua proposta de crédito. O passo seguinte era pedir o crédito na instituição.

Uma pesquisa da Dataprev mostrou que cada trabalhador pode sacar, em média, R$ 5.600.

Para usufruir desta modalidade é necessário usar as seguintes regras:

  • Até 35% do salário do trabalhador pode ser comprometido para o pagamento da parcela do empréstimo;
  • O desconto vai acontecer na folha direto pelo sistema do eSocial;
  • As taxas de juros e prazo de pagamento não foram informadas, mas deverão respeitar o comum para um consignado.

Em caso de demissão do trabalhador, o desconto para quitar o empréstimo será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal.

O cidadão pode usar até 10% do saldo no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para garantias e ainda 100% da multa rescisória em caso de demissão.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com