A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o país adotará a bandeira amarela no próximo mês, o que trará um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.

luz a partir de maio. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
A mudança na conta de luz acontece por conta da diminuição das chuvas, característica da transição do período chuvoso para o período seco. Com menos água nos reservatórios das hidrelétricas, o custo para gerar energia aumenta, exigindo o acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras.
Conta de luz mais cara
O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel indica as condições de geração de energia no país. Quando a produção nas hidrelétricas cai, o uso de termelétricas se torna necessário, elevando o custo da energia. Em situações como essa, a bandeira amarela ou até a vermelha pode ser acionada.
De acordo com a Aneel, em matéria do G1, as previsões para os próximos meses apontam para chuvas abaixo da média nas regiões dos principais reservatórios, o que justifica a mudança. A decisão coloca fim a um ciclo de cinco meses com bandeira verde, período em que não houve cobrança extra nas faturas, graças às boas condições hídricas entre dezembro de 2024 e abril de 2025.
Quer deixar a sua conta de luz ainda mais barata? A especialista Daniele Gomes, colaboradora do FDR, explica como aplicar desconto na conta.
Quanto custa cada bandeira tarifária?
As bandeiras tarifárias aplicadas pela Aneel têm valores específicos, que impactam diretamente o valor final da conta de energia. Confira:
- Bandeira verde: condições favoráveis, sem custo adicional;
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis, cobrança de R$ 18,85 por MWh (equivalente a R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos);
- Bandeira vermelha patamar 1: condições desfavoráveis, cobrança de R$ 44,63 por MWh (R$ 4,46 a cada 100 kWh);
- Bandeira vermelha patamar 2: condições muito desfavoráveis, cobrança de R$ 78,77 por MWh (R$ 7,87 a cada 100 kWh).
O que esperar para os próximos meses?
Com o fim do período de chuvas e a previsão de redução na geração hidrelétrica, especialistas alertam para a possibilidade de manutenção ou até agravamento do cenário. Dependendo da situação dos reservatórios, o acionamento de bandeiras mais caras, como a vermelha, não está descartado para os próximos meses.