A proposta de reforma da conta de luz, apresentada recentemente pelo Ministério de Minas e Energia (MME), enfrenta dificuldades para avançar e já acende um alerta sobre o risco de aumento no valor das faturas de energia. A intenção do governo é reestruturar o setor elétrico, eliminando subsídios que hoje favorecem principalmente grandes consumidores.

explodir valor das faturas. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
No entanto, segundo matéria da UOL, a falta de consenso e o cenário de resistência nos bastidores podem atrasar a implementação da reforma da conta de luz, até porque o MME ainda tenta articular apoio institucional para o projeto. O desafio é equilibrar os interesses de diversos segmentos, enquanto busca ampliar descontos para consumidores de baixa renda sem onerar ainda mais os demais usuários.
A falta de diálogo prévio e a divulgação antecipada da proposta na imprensa também aumentaram a tensão entre as lideranças do setor.
Reforma da conta de luz
Em reunião recente com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o MME encontrou pouca adesão. Apenas dois diretores participaram do encontro, demonstrando a dificuldade em alinhar o discurso dentro do próprio setor público. A falta de disposição foi atribuída ao tempo perdido, já que o conteúdo da proposta já havia sido divulgado antes do debate técnico.
Além disso, o encontro com mais de 20 associações do setor elétrico mostrou que, embora haja apoio à abertura do mercado e ao aumento de descontos para famílias de baixa renda, existem resistências profundas à retirada de benefícios concedidos a determinados grupos, como geradores e consumidores industriais.
Quer deixar a sua conta de luz ainda mais barata? A especialista Daniele Gomes, colaboradora do FDR, explica como aplicar desconto na conta.
Principais pontos da proposta
A reforma defendida pelo MME é baseada em três pilares:
- Desconto tarifário ampliado para consumidores de baixa renda;
- Abertura do mercado para todos os consumidores escolherem seus fornecedores;
- Redução de subsídios para grandes consumidores, com limitações à autoprodução e a benefícios nas tarifas de transmissão.
O impasse atual mostra que, enquanto todos têm argumentos para defender seus interesses, ainda será necessário muito diálogo para evitar que a conta de luz pese ainda mais no bolso dos brasileiros.