PIX por aproximação vai mudar: veja o que o Banco Central quer implementar já em maio

O Banco Central se prepara para promover mudanças importantes no uso do PIX por aproximação, modalidade que vem ganhando espaço entre os consumidores por sua praticidade. Ainda com uso restrito a dispositivos Android com Google Pay, o sistema poderá passar por avanços já a partir de maio, segundo anúncio feito pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Gomes.

PIX por aproximação vai mudar: veja o que o Banco
Central quer implementar já em maio. (Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

A intenção do órgão é expandir o acesso e padronizar o funcionamento do PIX por aproximação, garantindo uma experiência de pagamento mais fluida nas compras presenciais. A medida deve contribuir para a popularização da ferramenta, que ainda não está disponível em carteiras digitais como Apple Pay e Samsung Pay.

O que muda no PIX por aproximação?

Entre as novidades previstas, está a padronização do protocolo de comunicação entre os dispositivos de quem paga e de quem recebe. Além disso, o Banco Central irá incluir oficialmente a modalidade de pagamento no regulamento do PIX, conferindo mais clareza às regras para instituições financeiras e usuários.

Segundo o BC, em matéria do G1, a ideia é reduzir barreiras que ainda existem no processo de pagamento por QR Code, como a necessidade de abrir o aplicativo do banco, escanear o código e concluir a operação. Com o PIX por aproximação, esse fluxo é simplificado: o cliente apenas aproxima o celular da maquininha, como já ocorre com cartões com tecnologia NFC.

Cada transação feita por essa modalidade seguirá, inicialmente, com limite de R$ 500, que poderá ser ajustado pelo próprio usuário.

A especialista Jamille Novaes, colaboradora do FDR, traz a diferença entre PIX por aproximação e PIX tradicional.

Novas frentes na agenda do Banco Central

Além das mudanças no PIX, o BC também revelou iniciativas que fazem parte da sua agenda regulatória para 2025 e 2026. Entre os destaques estão:

  • Open Finance: avanços para permitir a portabilidade de crédito, salários e investimentos entre instituições, desde que autorizado pelo cliente;
  • Abertura de contas: um novo sistema no Registrato permitirá que consumidores controlem a abertura de contas em seu nome, reforçando a prevenção contra fraudes;
  • Crédito imobiliário: o Banco Central busca alternativas ao modelo de financiamento baseado na poupança, considerado esgotado pelo mercado;
  • PIX parcelado: a nova modalidade deve entrar em vigor em setembro e permitirá que compras sejam parceladas via PIX, com liberdade para negociação de juros entre cliente e instituição.