SãO PAULO (SP) — Responsável por atender mensalmente mais de 20 milhões de famílias, o programa do Bolsa Família libera para os seus beneficiários um valor mínimo de R$ 600. No entanto, uma fraude no Bolsa Família que gerou prejuízo para os cofres públicos chocou diversos brasileiros.

O caso foi descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Mortos Vivos, realizada no estado do Maranhão. Com a investigação, foi constatada a realização de pagamentos indevidos por meio do Bolsa Família.
De acordo com a Polícia Federal, o pagamento era liberado para pessoas que já estão mortas. Dessa forma, os criminosos confiscavam o dinheiro para si, concretizando a fraude.
Entenda os detalhes da fraude do Bolsa Família:
- O crime era concretizado com a inclusão de dados de pessoas já falecidas no CadÚnico do Governo Federal;
- Além disso, também eram usados dados falsos para aumentar o número de beneficiários fantasmas do Bolsa Família;
- Outros programas sociais também foram envolvidos na fraude como o Auxílio Brasil e o Auxílio Gás, por exemplo;
- De acordo com o comunicado oficial do Governo Federal, a investigação apontou que eram usados dados de pessoas nascidas no estado do Pará;
- As informações foram usadas para a inclusão do nome dos beneficiários fantasmas;
- O processo era realizado por servidores públicos municipais de São Luís e São José de Ribamar, no Maranhão;
- Para tal, eles se aproveitavam do cargo para aplicar a fraude.
Segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva e 3 medidas cautelares de afastamento das funções públicas foram cumpridos depois que a fraude foi identificada.
Além disso, a Polícia Federal continuará investigando o caso para garantir que todos os envolvidos na fraude do Bolsa Família sejam punidos e penalizados.
Atualmente o Governo Federal já adota algumas estratégias para evitar fraudes. Entre elas, o cruzamento de dados existentes no CadÚnico.