SALESóPOLIS, SP — Recentemente, um ex-diretor do banco Nubank concedeu uma entrevista em que deixou claro os planos do banco digital brasileiro. Ele não negou que há forte interesse em se tornar o maior do mundo, e destacou o contrante com o Citibank, instituição norte-americana.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Tendo causado estranheza inicialmente por ser modelo inovador, hoje é de conhecimento geral que o Nubank conquistou a maioria dos brasileiros.
Foi justamente o desenvolvimento do banco que ganhou destaque em uma entrevista concedida por um ex-diretor à plataforma In Practise.
Para justificar os bons números, o executivo revelou que há internamente a “cultura da casinha”, criada e usada desde sua fundação. São valores que norteam as tomadas de decisão e que incluem:
- Foco no cliente;
- Mentalidade de dono;
- Trabalho em equipe acima de tudo;
- Excelência e eficiência com simplicidade;
- Busca por impacto positivo e constante aprendizado.
Quais os desejos do Nubank?
A grande ambição do Nubank atualmente é conseguir ser avaliado em US$ 100 bilhões. Além de ser visto entre os principais players globais do setor financeiro.
Para isso, de acordo com o Seu Crédito Digital, a administração e o setor operacional do banco digital têm usado estratégias como:
- Adaptação local de produtos, com personalização por país;
- Uso de um motor de decisão baseado em FICO, o que permite escalar com inteligência e controle;
- Aposta na digitalização bancária para atender populações desbancarizadas, sobretudo na América Latina.
Também foi destacado pelo ex-diretor, durante a entrevista, as ações que o banco tomou para criar um bom relacionamento com o cliente ao longo deste anos.
Por exemplo, tendo investido em não lucrativos de curto prazo para atender as necessidades do seu usuário. Ou seja, investiu em lealdade e confiança antes de apostar em outros produtos.
Nubank vs Citibank: modelos de contraste
Durante a entrevista do ex-diretor do Nubank, ele também comentou sobre os desafios enfrentados pelo Citibank, sobretudo no segmento de varejo bancário, quando comparado com a estratégia do Nubank.
Foram mencionados com obstáculos do Citibank que o “reduzem” e potencializam o Nubank:
- As decisões do Citibank são altamente centralizadas, com sede nos EUA definindo modelos replicáveis para outras regiões;
- Essa estratégia tem se mostrado ineficaz em mercados com forte variação cultural e regulatória, como Singapura ou Brasil;
- Resulta em desconexão com o cliente final, e dificuldade para competir com bancos locais mais ágeis.
