O salário mínimo em 2025 está fixado em R$ 1.518 e, nos próximos anos, deve seguir uma trajetória de alta progressiva, segundo projeções do governo federal. A expectativa é que o valor chegue a quase R$ 2 mil até 2029, mantendo o compromisso com a política de valorização do piso nacional.
2026, 2027, 2028 e 2029 (vai chegar em R$ 2 mil!). (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
Essa política leva em conta a variação da inflação e o desempenho da economia brasileira. Assim, o reajuste do salário mínimo impacta diretamente não só quem está no mercado de trabalho formal, mas também aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais.
Projeções do salário mínimo para os próximos anos
De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o piso nacional deve ter os seguintes valores nos próximos anos:
- 2026: R$ 1.630;
- 2027: R$ 1.724;
- 2028: R$ 1.823;
- 2029: R$ 1.925.
Se esse ritmo for mantido, o salário mínimo pode alcançar ou até ultrapassar a marca simbólica dos R$ 2 mil em 2030. Os valores são estimativas e ainda podem sofrer alterações conforme o desempenho da economia e a inflação acumulada.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, explica regra que limita o reajuste do salário mínimo.
Quem é afetado pelos reajustes?
O valor do salário mínimo é utilizado como base para calcular salários de trabalhadores com carteira assinada que recebem o piso, além de servir de referência para o pagamento de aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e programas como o Bolsa Família. Servidores públicos e trabalhadores informais também são afetados indiretamente por esses reajustes.
Descontos e salário líquido
Apesar dos aumentos no valor bruto, o trabalhador nem sempre vê todo esse dinheiro no bolso. Para quem recebe um salário mínimo, o desconto referente ao INSS é de 7,5%, o que reduz o valor líquido para cerca de R$ 1.404,15. Já quem ganha dois salários mínimos tem uma alíquota de 12% para o INSS, resultando em um salário líquido próximo de R$ 2.778,27, considerando apenas os descontos obrigatórios.
Além disso, podem incidir outros abatimentos, como vale-transporte, plano de saúde, pensão alimentícia, faltas ou atrasos, e até empréstimos consignados, o que pode diminuir ainda mais o valor final recebido pelo trabalhador.