Grande empresa vai decretar falência após anúncio de demissão em massa de trabalhadores? Entenda

Os trabalhadores de uma companhia aérea foram surpreendidos com um anúncio de uma parte significativa da equipe. Agora, a dúvida é: a demissão em massa significa o fim e a falência do Voepass Linhas Aéreas? Entenda os próximos passos. 

Grande empresa vai decretar falência após anúncio de demissão em massa de trabalhadores? Entenda
Imagem: Freepik

 

Segundo o portal G1, o co-fundador e presidente da empresa, José Luiz Felício, anunciou a demissão através de uma carta. Não foram informados quantos empregados serão demitidos, mas ele justificou a medida afirmando que a saúde financeira da companhia aérea está fragilidade desde a suspensão temporária das suas operações.

Até o momento, a empresa não citou se decreta falência. 

Yasmin Souza, especialista do FDR, comenta sobre a Voepass, confira.

Entenda a demissão em massa na Voepass

O cofundador anunciou a demissão de “parte significativa” da equipe. A informação foi divulgada em uma carta aos funcionários. Entre os demitidos estão:

A empresa não informou o número exato de demitidos. A medida foi justificada pela fragilidade financeira da companhia.

O principal fator foi a suspensão temporária das operações pela Anac, em 11 de março de 2025. Essa suspensão agravou uma situação que já era delicada desde a redução da malha aérea após o acidente de agosto de 2024, onde a aeronave da Voepass caiu em um condomínio em Vinhedo (SP) e matou 62 pessoas.

Além disso, a Anac identificou uma “quebra de confiança” por parte da Voepass. Uma auditoria da agência encontrou irregularidades reincidentes, já apontadas na inspeção feita após o acidente. A suspensão continuará até que a Voepass comprove a correção das não conformidades nos sistemas de gestão.

Veja trechos da carta enviada aos funcionários:

“Olá a todos,

Venho por meio desta carta compartilhar com vocês uma decisão difícil e dolorosa. Em função da nova realidade, estamos realizando o desligamento de uma parte significativa da nossa equipe, incluindo tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio.

Este é um reflexo do impacto dos acontecimentos recentes sobre nossa empresa. Como todos sabem, a suspensão temporária de nossas operações afetou profundamente nossa capacidade financeira, que já vinha fragilizada em decorrência da redução da nossa malha aérea após o acidente de agosto do ano passado.

Assim como outras organizações, fomos forçados a aceitar que precisamos dar alguns passos para trás para garantir a continuidade da nossa missão. Esta decisão foi tomada de forma responsável. Por isso, consideramos todos os cenários possíveis para minimizar os impactos.

Quero reforçar ainda que nosso foco permanece inabalável em retomar nossa missão de conectar o interior do Brasil aos grandes centros”. 

A carta está disponível na íntegra no portal Poder360.

 

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Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
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