Adeus, SUS? Governo revela que brasileiros podem ter acesso a hospital privado sem pagar nada

O SUS (Sistema Único de Saúde) poderá passar por transformações significativas em breve. O governo federal estuda alternativas para agilizar o atendimento da população e, entre as propostas, está a possibilidade de pacientes realizarem consultas, exames e cirurgias na rede privada, sem nenhum custo. A medida faz parte de uma reestruturação do programa que busca melhorar o acesso aos serviços especializados e reduzir as filas no SUS, que continuam sendo um desafio em todo o país.

Adeus, SUS? Governo revela que brasileiros podem ter
acesso a hospital privado sem pagar nada.(Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A ideia é que usuários do SUS sejam direcionados para hospitais particulares com o objetivo de acelerar o tempo de espera em áreas com grande demanda, como cardiologia, ortopedia e oncologia. O novo modelo está sendo desenvolvido para oferecer soluções práticas e eficientes à população, ao mesmo tempo em que busca reforçar o papel do governo federal na gestão da saúde pública.

Novas estratégias para o SUS

A proposta em análise inclui acordos com hospitais e operadoras de planos de saúde que têm dívidas com órgãos públicos. Em troca de abatimento dessas pendências, as instituições privadas poderiam realizar procedimentos de alta demanda, colaborando com o SUS no atendimento de pacientes que aguardam por consultas ou cirurgias.

Além disso, o Ministério da Saúde trabalha para ampliar mutirões de atendimento e agilizar o mapeamento das filas nas especialidades mais críticas. A proposta é que essas ações ocorram fora das unidades tradicionais do SUS, como forma de destacar o esforço extra do governo em acelerar o atendimento, sem sobrecarregar o sistema já existente.

A especialista Marina Costa, colaboradora do FDR, explica como SUS pode te fazer economizar dinheiro com remédios fora da lista da farmácia popular.

Desafios estruturais

Mesmo com o avanço das propostas, especialistas, ouvidos pelo O Globo, alertam que o problema da falta de médicos especialistas não será resolvido de forma imediata. A formação desses profissionais é demorada, e o país ainda enfrenta carência em diversas regiões.

Por outro lado, representantes de conselhos municipais de saúde apontam que o novo modelo, apesar de promissor, ainda está em fase inicial. Com menos de 10% da execução planejada, a expectativa é que o programa alcance maior receptividade do público a partir do segundo semestre deste ano.