O salário mínimo voltou a ser tema de destaque após o Governo Federal divulgar uma nova estimativa de valor para 2026. A proposta, que ainda não é definitiva, prevê um piso de R$ 1.627 para os trabalhadores brasileiros. O reajuste proposto representa um avanço em relação aos R$ 1.518 em vigor neste ano e foi incluído no projeto de diretrizes orçamentárias (LDO) que será enviado ao Congresso Nacional.

valor para o salário mínimo. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
A definição do novo salário mínimo tem impacto direto na vida de milhões de brasileiros, já que serve como base para o cálculo de benefícios como aposentadorias, pensões do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Além disso, o valor proposto segue as novas regras de correção do mínimo, que garantem reajuste acima da inflação com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Reajuste do salário mínimo
A metodologia atual para definir o salário mínimo combina a inflação acumulada até novembro do ano anterior com o crescimento real do PIB de dois anos antes. Para o valor previsto de 2026, o governo utilizou a projeção de preços de 2025 e o resultado do PIB de 2024, que teve uma alta de 3,4%. No entanto, uma regra aprovada no ano passado limita o ganho real do mínimo a 2,5% acima da inflação, exatamente o percentual utilizado no cálculo para o próximo reajuste.
A especialista Daniele Gomes, colaboradora do FDR, comenta também sobre o reajuste do salário mínimo estadual em São Paulo.
Impacto no orçamento
O valor do salário mínimo de 2026 influencia diretamente o orçamento da União, já que grande parte dos gastos públicos está ligada a esse piso nacional. A proposta de reajuste consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que também estabelece uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB. Esse resultado poderá variar, ficando entre um equilíbrio fiscal (0%) ou um superávit de até 0,5%.