Governo Lula está te emprestando seu próprio dinheiro! Saiba a verdade por trás do popular Consignado do Trabalhador

ARAGUARI, MG — O Consignado do Trabalhador, criado para ampliar o acesso ao crédito entre empregados da iniciativa privada, vem gerando controvérsias desde seu anúncio pelo governo federal. Apresentada como avanço nas políticas trabalhistas, a modalidade foi alvo de críticas que questionam a lógica de oferecer empréstimos com recursos vinculados ao próprio trabalhador.

Governo Lula está te emprestando seu próprio dinheiro! Saiba a verdade por trás do popular Consignado do Trabalhador. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Entre os apontamentos mais debatidos, está a cobrança de juros sobre valores que, em tese, pertencem ao empregado, o que levanta dúvidas sobre os reais benefícios da medida. O Consignado do Trabalhador surge como uma alternativa de crédito voltada exclusivamente para quem atua com carteira assinada no regime CLT. O modelo garante mais segurança para as instituições financeiras.

No Consignado do Trabalhador, as parcelas são descontadas diretamente do salário, reduzindo o risco de inadimplência. Essa característica torna a modalidade mais acessível e com juros geralmente menores. Como o pagamento é feito automaticamente, o trabalhador evita atrasos e mantém o controle das finanças, o que tem atraído cada vez mais interessados nesse tipo de empréstimo.

Riscos do Consignado do Trabalhador 

Diferente das condições oferecidas a servidores públicos, o Consignado do Trabalhador apresenta um desafio: o risco de demissão, que pode comprometer o pagamento das parcelas do empréstimo. Para tornar o crédito mais viável e manter os juros atrativos, o governo estabeleceu uma alternativa de garantia: o saldo do FGTS do empregado com carteira assinada.

Com isso, mesmo em caso de desligamento, há um respaldo financeiro que protege o sistema e dá mais segurança à concessão de crédito. No modelo do Consignado do Trabalhador, em caso de demissão sem justa causa, o banco pode reter 10% do saque-rescisão do FGTS e a totalidade da multa rescisória de 40% paga pelo empregador.

Essa condição do Consignado do Trabalhador tem gerado controvérsia, já que o valor utilizado como garantia pertence ao próprio trabalhador e, mesmo sendo dele, acaba ficando retido. Críticos apontam que, ao vincular o FGTS ao pagamento do empréstimo, o governo transforma uma reserva trabalhista em moeda de troca, o que tem levantado debates sobre proteção ao patrimônio do empregado.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.