SALESóPOLIS, SP — Desde o início do mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca escondeu que focaria no Minha Casa, Minha Vida para grandes feitos. O mais recente aconteceu em 3 de abril quando assinou um decreto que muda as estruturas do programa.

(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
No dia 3 de abril o presidente Lula assinou um decreto que destina verbas do Fundo Social do Pré-Sal para custear a faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida. Nesta faixa são atendidas as famílias que ganham de R$ 4 mil a R$ 8 mil.
Isso significa que com uma nova fonte de custeio o orçamento disponível do programa foi liberado para novos fins. E a partir disso o governo federal confirmou um novo público alvo para ser atendido pelo programa.
Desde 2023, quando assumiu o país pela terceira vez, Lula já falava sobre a criação de uma faixa que pudesse atender as famílias que vivem na classe média.
A expectativa de Jader Filho, ministro das Cidades, é de que até 2026 sejam contratadas 240 mil imóveis por essa nova faixa.
O que muda no Minha Casa, Minha Vida?
Com a decisão do presidente Lula, que já havia sido falada em outros momentos, o Minha Casa, Minha Vida passa a aceitar:
- Famílias que possuem renda de R$ 8 mil a R$ 12 mil por mês.
“O programa começa a funcionar a partir da primeira quinzena de maio, quando a Caixa vai deixar o seu sistema preparado para atender ao Minha Casa Minha Vida para a classe média”, afirmou Jader em entrevista exclusiva para o jornal Exame.
Condições de financiamento imobiliário para quem tem renda de até R$ 12 mil
A partir da segunda semana de maio os interessados já podem solicitar o financiamento do Minha Casa, Minha Vida direto com a construtora. Ou ainda, entrando em contato com o banco público como a Caixa Econômica.
Até agora, as condições anunciadas foram:
- Renda familiar: de R$ 8 mil a R$ 12 mil;
- Valor do imóvel: até R$ 500 mil;
- Financiamento: em até 420 meses (35 anos);
- Juros (projeção do governo): 10,5% ao ano;
- Sem subsídio do governo: ou seja, a família paga o valor integral do imóvel.
Sem subsídios o maior benefício deste tipo de financiamento são os juros e condições de pagamento.