O café da manhã dos brasileiros está mais caro, com a maioria dos itens básicos do desjejum apresentando aumentos significativos nos últimos meses. A combinação tradicional de café com leite, pão e queijo tem pesado mais no orçamento familiar, com altas que superam a inflação geral.

causando a alta nos preços dos alimentos. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação acumulada de alimentos e bebidas em 2024 foi de 7,69%, quase três pontos percentuais acima da inflação média de 4,83%, afetando assim os custos do seu café da manhã. As informações são do InfoMoney.
Itens em alta no café da manhã
Analisando os preços no varejo de São Paulo, dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) revelam aumentos expressivos em alguns itens:
- Café em pó teve um aumento de quase 67% em um ano;
- Laranja teve alta de 31,7%;
- Mussarela teve um acréscimo de 15,59%;
- Apenas a margarina apresentou queda de preço (-2,82%) no período.
A especialista Jamille Novaes, colaboradora do FDR, traz lista de marcas de café com venda suspensa pela Anvisa.
Fatores que impulsionam a alta
- Custos de transporte: o aumento do preço dos combustíveis, como gasolina e diesel, impacta diretamente o frete, elevando os custos ao longo da cadeia de abastecimento;
- Mudanças climáticas: eventos climáticos adversos, como geadas e secas, afetaram a produção agrícola de diversos alimentos, como café, leite e carne;
- Demanda externa: a retomada das exportações de carne bovina para a China, por exemplo, impulsionou os preços no mercado interno.
Medidas do governo e seus limites
Recentemente, o Governo Federal anunciou a isenção de impostos de importação para alguns itens da cesta básica, como carne, café, açúcar e milho, na tentativa de aliviar o orçamento das famílias e conter a inflação. O governo também solicitou aos estados a isenção do ICMS sobre esses produtos.
No entanto, especialistas alertam que essa medida pode ter um impacto limitado nos preços, uma vez que a maioria dos alimentos consumidos no Brasil é produzida internamente e possui relevância no mercado de exportação. A isenção pode surtir efeito em casos de desabastecimento, mas dificilmente causará uma queda expressiva nos preços.