Nem ovo, nem azeite: entenda o REAL vilão que está encarecendo a cesta básica neste mês

SALESóPOLIS, SP — De acordo com o Dieese, no mês de fevereiro a cesta básica ficou 4,44% mais cara em 14 das 17 capitais brasileiras onde a pesquisa foi feita. Diante do crescimento de preço o governo federal decidiu adotar seis medidas que buscam conter esse avanço. 

cesta básica mais cara
Nem ovo, nem azeite: entenda o REAL vilão que está encarecendo a cesta básica neste mês
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Os dados do Dieese que faz a apuração de preços em supermercados, atacadistas, mercearias e outros, o produto que sofreu a maior alta de preços em fevereiro, frente a janeiro, foi o café, que subiu em todas as capitais pesquisadas.

O aumento de preço do pacote de café variou entre 6,66% em São Paulo e chegou a 23,81% em Florianópolis

Em termos gerais, considerando todos os alimentos pesquisados, a capital onde a cesta básica é mais cara foi São Paulo (R$ 860,53), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90) e por Florianópolis (R$ 807,71).

Medidas do governo para diminuir o valor dos alimentos

Foram anunciadas seis medidas que serão as responsáveis por diminuir o valor dos alimentos no país. São elas:

Alíquota zero para imposto de importação

Válido para o seguinte grupo de alimentos:

  • Óleo de girassol (alíquota atual é de 9%);
  • Azeita de oliva (alíquota atual é de 9%);
  • Sardinha (alíquota atual é de 32%);
  • Biscoitos (alíquota atual é de 16%);
  • Café (alíquota atual é de 19%);
  • Carnes (alíquota atual é de 10,8%);
  • Açúcar (alíquota atual é de 14%);
  • Milho (alíquota atual 7,2%);
  • Macarrão (alíquota atual é de 14,4%).

Flexibilidade na fiscalização sanitária 

  • O governo vai permitir que a inspeção de produtos de origem animal seja feita pela fiscalização dos municípios, com mesmo valor do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SiSB), que vale no país inteiro;
  • Devem aumentar as estações municipais que já têm autorização permanente para a análise nacional. 

Fortalecimento de estoques reguladores

  • Estoques reguladores de alimentos são uma reserva de alimentos comprados pelo governo quando os preços estão baixos;
  • Eles são liberados no mercado quando os preços sobem, ajudando a controlar as altas em períodos críticos;
  • Porém, os estoques foram praticamente zerados em governos anteriores e por isso estão em um nível baixo. 

Publicidade dos melhores preços

  • Governo quer fazer parceria com os supermercadistas para selecionar produtos que estão em promoção e divulgá-los aos consumidores.

Estímulo à produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra

  • Serão ampliados os os subsídios à contratação de empréstimos com juros mais baratos para produtos da cesta básica da agricultura familiar para os médios produtores.

 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com