Governo pode dar um FIM no aumento do preços dos produtos da cesta básica; veja o que deve mudar

Com o objetivo de reduzir os preços de alimentos essenciais, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) se reúne nesta quinta-feira para aprovar a isenção de impostos sobre os alimentos importados. Veja quais serão as mudanças e quais alimentos estão na cesta básica. 

Governo pode decidir HOJE 13/03 o preço dos produtos da cesta básica; veja o que deve mudar
Imagem: Jeane de Oliveira / FDR

 

Segundo o Investidor, só depois da aprovação da medida que será possível ter uma clareza sobre a renúncia fiscal gerada pela decisão. Na última semana, o governo anunciou a redução de tributos sobre alimentos na semana passada.

Lila Cunha, especialista do FDR, explica sobre a tarifa 0 de importação para os alimentos, confira.

Quais são os alimentos que devem ter a isenção dos impostos? 

  • Azeite: 9% de imposto atualmente.

  • Milho: 7,2%.

  • Óleo de girassol: até 9%.

  • Sardinha: 32%.

  • Biscoitos: 16,2%.

  • Massas alimentícias (macarrão): 14,4%.

  • Café: 9%.

  • Carnes: até 10,8%.

  • Açúcar: até 14%.

A cota de importação isenta de óleo de palma deve aumentar de 65 mil para 150 mil toneladas.

Ainda de acordo com o Investidor, além das propostas comerciais, o Governo Federal já anunciou medidas de caráter regulatório: uma delas é a expansão do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI). 

O governo propôs negociações com os Estados para zerar o ICMS sobre produtos da cesta básica. No entanto, a maioria dos estados já havia reduzido ou isentado o ICMS antes do anúncio.

O que dizem os especialistas sobre a isenção dos impostos dos alimentos? 

De acordo com Lucas Sigu Souza, da Ciano Investimentos, as medidas podem não ter efeito significativo sobre a inflação de alimentos, pois fatores como logística, custo da gasolina, energia elétrica e serviços são mais determinantes.

Já a XP Investimentos, acredita que a medida terá um impacto limitado na inflação alimentar e no poder de compra dos consumidores.

Para a Goldman Sachs, o Brasil é autossuficiente em muitos produtos que terão isenção de impostos, como milho e carne bovina, importando apenas 1% a 2% da demanda desses produtos. Por isso, uma leve queda é esperada nos preços do milho (1,3%) e da carne bovina (0,5%), mas sem grandes mudanças no curto prazo. 

Marina Costa SilveiraMarina Costa Silveira
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Com experiência em redação, redes sociais e marketing digital. Atualmente, cursando o MBA em Marketing, Branding e Growth pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).