SALESóPOLIS, SP — Na última quarta-feira (5) o governo barrou, por meio da assinatura de um decreto, o reajuste de 6% no valor da conta de luz de milhares de consumidores. Para isso, a decisão do poder público foi impedir um repasse milionário sobre o consumo dessas pessoas.

(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
O decreto do governo federal foi publicado nesta semana para impedir que o rombo de US$ 121 milhões (dólares) na operação da Usina de Itaipu no ano passado, fossem repassados na conta de energia elétrica dos consumidores.
Quando há prejuízos em usinas, necessidade de acionar equipamentos que custam mais caro, ou qualquer tipo de investimento que demanda dinheiro, o consumidor brasileiro acaba sofrendo reajuste para “ajudar a pagar” o prejuízo.
Com a decisão, foi permitido que o governo use o chamado bônus de Itaipu para abater o valor que seria repassado aos consumidores. Este bônus é um saldo positivo da conta de comercialização de Itaipu que, ao final do ano, é revertido para abater a conta de luz dos consumidores.
Há disponível R$ 1,3 bilhão deste bônus referente ao ano de 2023 e que já seria distribuído em 2025 para 78 milhões de brasileiros.
Quem foi beneficiado com a suspensão do reajuste da conta de luz?
O governo de Brasil e Paraguai decidem juntos sobre o valor da tarifa de serviços de Itaipu, incluindo os custos para cobrir o que é gasto com administração, manutenção e tantos outros tipos de despesas.
No final, esse valor é repassado para que os consumidores ajudem a diminuir os prejuízos. Com o decreto do governo brasileiro publicado na quarta-feira (5), o rombo de 121 milhões de dólares que englobam essas despesas foram dispensados da conta de luz de:
- Quem mora nas regiões Sul, Sudeste Centro-Oeste.
Aumento da conta de energia elétrica
A partir do mês de maio de 2025 os consumidores brasileiros devem se deparar com o aumento no valor da sua conta de luz devido ao acionamento da bandeira amarela.
Neste patamar, considerado de nível intermediário, os valores aplicados sobre o uso de energia elétrica são:
- R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh consumidos por aquela residência.