Confirmado! Trabalhador CLT serão pegos de surpresa com novo empréstimo do governo

SALESóPOLIS, SP — Na última quarta-feira (26) o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, participou de uma coletiva de imprensa. Na ocasião, anunciou que está “redondo”, ou seja, pronto, o texto que vai anunciar a criação de um novo empréstimo consignado para os trabalhadores. 

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Confirmado! Trabalhador CLT serão pegos de surpresa com novo empréstimo do governo
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Para que o trabalhador CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas) consiga um empréstimo consignado é preciso que a empresa a qual ele presta serviço tenha convênio com um banco específico. A partir disso as parcelas do crédito são descontadas do seu salário. 

A ideia do governo é ampliar o público de trabalhadores de empresa privada que poderão se beneficiar com esse tipo de crédito. E segundo o ministro do Trabalho, a Medida Provisória (MP) que viabiliza o empréstimo já está pronta. 

Sem fixar uma data, Luiz Marinho afirmou que depois do Carnaval a MP deve ser publicada trazendo todas as regras. 

Agora o sistema está redondo, então agora nós podemos já falar com mais firmeza. Na semana pós-Carnaval, nós vamos programar a assinatura do presidente dessa medida“, afirmou Marinho durante a coletiva de imprensa. 

Como vai funcionar o empréstimo consignado para o trabalhador CLT?

O ministro do Trabalho não detalhou como vai funcionar o empréstimo consignado para o trabalhador de empresas privadas

Porém, em outras situações membros do governo já havia falado sobre o assunto. Diante disso, o que se sabe até agora é que o crédito terá condições como:

  • o trabalhador entra no eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas);
  • na plataforma que vai ser desenvolvida várias instituições financeiras poderão fazer ofertas de empréstimos, informando a taxa de juros, dando ao trabalhador a opotunidade de comparar as propostas e escolher a mais vantajosa;
  • isso eliminará a necessidade que existe atualmente de os empregadores fecharem acordos com as instituições financeiras;
  • a ideia, segundo o governo, é que os empregados da iniciativa privada possam comprometer até 35% de sua remuneração bruta mensal para pagar a dívida — incluindo benefícios, abonos e comissões;
  • as primeiras informações são de que os trabalhadores poderão dar, como garantia, a multa rescisória de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa, e, também, uma parte dos recursos que o empregado tem no fundo (10% do valor);
  • com isso, no caso de demissão, os trabalhadores deixariam de receber esses recursos para pagar os empréstimos;
  • caberá ao empregador descontar mensalmente o valor do empréstimo do salário dos trabalhadores e enviar os recursos para a Caixa Econômica Federal, responsável por fazer o repasse aos bancos.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com