SALESóPOLIS, SP — Mais uma vez a fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem virado um problema na instituição. A greve dos peritos médicos atrasou a avaliação de milhares de pedidos, e por conta disso mais de 600 mil pessoas esperam pelo seu benefício.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Em agosto do ano passado deu-se início a greve dos peritos médicos do INSS. Por conta disso, milhares de pedidos de benefícios por incapacidade que deveriam ter sido avaliados foram ficando para trás.
Os dados do Ministério da Previdência Social mostram que em julho de 2024, antes da greve, haviam 576,3 mil pessoas na fila da perícia médica. Em agosto o número já pulou para 606 mil, e em janeiro de 2025 foram registradas 686 mil pessoas aguardando.
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Greve dos peritos médicos do INSS continua?
Sim. Até o momento os peritos médicos do INSS continuam a fazer a greve. O motivo, segundo o Ministério da Previdência Social “é a inconformidade da Associação da categoria (ANMP) com Acórdão do TCU que declarou ilegal dispositivos do acordo de greve de 2022 que reduziu em 40% a produtividade dos peritos“.
Em 2024 o Ministério da Previdência criou um programa de incentivo a produtividade dos peritos, e que foi aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Porém, desagradou a classe que deseja mais reconhecimento do seu trabalho.
Para tentar pressionar os peritos, o Dataprev está remarcando a perícia médica que seria destinada ao profissional que está em greve. Para não prejudicar o trabalhador, a sua consulta passa a ser feita com outro médico autorizado pelo INSS.
Além disso, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, determinou que os salários dos peritos que estão em greve deverão ser descontados pelo período sem trabalhar. E a agenda dos médicos em greve está sendo bloqueada para que não atendam mais ninguém.
E o trabalhador? Fica no meio dessa briga entre governo e peritos. A fila de espera para ser avaliado continua crescendo, aumentando o prazo para liberação do salário.
“Os peritos médicos federais que vinham fazendo greve no modelo parcial e ainda atendiam uma parcela significativa de pessoas por dia terão suas atividades completamente bloqueadas e, a partir de hoje, cerca de 15 mil perícias serão canceladas por dia“, afirmou em nota a ANMP.
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