Os golpes via PIX têm crescido de forma alarmante, levando muitos clientes bancários a buscar a devolução de valores transferidos indevidamente. A insegurança no sistema tem gerado uma onda de transações de reembolso em diversas instituições financeiras.
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Segundo dados recentes do Banco Central (BC), no final de 2024, o número de pedidos de restituição chegou a 4.955.518. Esse aumento é significativo, refletindo um crescimento de 98% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 2,5 milhões de pedidos.
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Reclamações sobre golpes via PIX aumentam
Entre os pedidos de reembolso relacionados a golpes via PIX, 31% foram aceitos total ou parcialmente, totalizando 1.560.601 aprovações. No total, 3.394.917 reclamações foram registradas ao longo do período. Os golpes via PIX seguem em alta, com um salto expressivo nas tentativas de recuperação de valores.
Em 2022, foram 1,5 milhão de pedidos por fraude, número que cresceu para 2,5 milhões em 2023. No ano passado, apenas 9% dos montantes solicitados para devolução por fraude foram efetivamente reembolsados. A recuperação dos valores ainda é um desafio para os consumidores afetados.
Mecanismo de devolução do PIX
Criado em novembro de 2021, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) surgiu para fortalecer a segurança e oferecer mais proteção aos usuários do sistema de pagamentos instantâneos. Os golpes via PIX têm levado ao sistema de devolução de valores a ser mais acionado, e o Mecanismo Especial de Devolução (MED) é o responsável por viabilizar esses reembolsos. Ele estabelece as diretrizes que as instituições financeiras devem seguir para efetuar a restituição.
Todas as instituições participantes do Pix precisam adotar esse mecanismo, mas é importante saber que o usuário só pode solicitar uma devolução por transferência. O MED não é uma plataforma acessível diretamente ao consumidor, que deve recorrer ao seu banco para fazer a solicitação.
Em casos de golpes via PIX, o consumidor tem até 80 dias após a transação para registrar um pedido de devolução na sua instituição financeira. Isso se aplica quando ele é vítima de fraude, golpe ou qualquer outra prática criminosa, como a engenharia social.
É fundamental que o usuário fique atento aos prazos, pois a solicitação deve ser feita dentro desse período para garantir a possibilidade de reembolso. O processo visa proteger os consumidores e combater a ação de criminosos no sistema de pagamentos instantâneos.
Como acionar o mecanismo de devolução do PIX?
Os golpes via PIX podem ocorrer de diversas formas, seja por fraude, coação ou até mesmo falhas no sistema bancário. Em alguns casos, os criminosos usam estratégias para enganar as vítimas e induzi-las a realizar transferências involuntárias.
A engenharia social é uma das táticas mais comuns em golpes via PIX, onde o fraudador manipula o usuário para que ele próprio autorize o pagamento. Além disso, erros operacionais, como transferências duplicadas, também podem gerar prejuízos ao consumidor.
Em quais situações o mecanismo de devolução do PIX não funciona?
Os golpes via PIX não são a única situação em que os usuários podem enfrentar problemas com transferências. Humanos, como digitar uma chave errada ou enviar dinheiro por engano, também podem gerar erros financeiros.
Além dos golpes via PIX, há casos em que o remetente se arrepende da transação ou se envolve em disputas comerciais. Divergências entre comprador e vendedor sobre um pagamento via PIX são situações recorrentes que exigem atenção e cautela.
5 maneiras de se proteger dos golpes via PIX
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Verifique os dados do destinatário: Antes de finalizar uma transferência, analise cuidadosamente o nome e as informações dos beneficiários exibidos no sistema. Isso ajuda a evitar transações para contas suspeitas.
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Ative a autenticação em dois fatores: Utilize esse recurso de segurança, disponível em aplicativos dos bancos, para dificultar o acesso não autorizado à sua conta.
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Desconfie de ofertas muito vantajosas: Evite clicar em links desconhecidos ou compartilhar informações pessoais e financeiras sem confirmar a ocorrência da oferta ou do remetente;
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Monitore suas transações regularmente: Acompanhe de perto os extratos de sua conta para identificar qualquer transação atípica e comunicar imediatamente ao banco ao notar algo suspeito.
- Prefira aplicativos confiáveis: Realize suas operações financeiras exclusivamente pelos aplicativos oficiais dos bancos ou plataformas reconhecidas e aprovadas pelo mercado. Isso reduz o risco de expor seus dados a aplicativos fraudulentos.