Com o preço alto no supermercado, especialmente se tratando das frutas e verduras, muitos consumidores buscam alternativas para economizar sem comprometer a qualidade da alimentação. Uma estratégia eficaz é priorizar o consumo de produtos da estação, que são mais baratos, frescos e nutritivos.
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Nos últimos anos, o preço alto das frutas, verduras e legumes têm apresentado variações significativas. Fatores como condições climáticas adversas, como ondas de calor, e a troca de safras influenciam diretamente o custo desses alimentos. Por exemplo, em novembro de 2023, uma onda de calor afetou a qualidade e o preço de diversos produtos agrícolas no Brasil.
Confira mais detalhes no vídeo a seguir, também disponível no YouTube do FDR Notícias!
Vantagens de consumir frutas e verduras da época
Optar por frutas e verduras da estação oferece diversos benefícios:
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Economia financeira: Produtos da estação são mais abundantes, o que reduz seu custo. Além disso, ao consumir alimentos da época, você contribui para a redução do desperdício e apoia a economia local.
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Qualidade nutricional: Alimentos consumidos em sua época de colheita tendem a ser mais nutritivos, pois são colhidos no auge de seu valor nutricional.
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Sustentabilidade: Consumir produtos da estação reduz a necessidade de transporte de longas distâncias, diminuindo a pegada de carbono associada ao alimento.
Como identificar frutas e verduras da época
Cada estação do ano possui uma variedade específica de frutas e verduras. Por exemplo, em janeiro, frutas como abacaxi, carambola, coco verde, figo, framboesa, fruta do conde, laranja-pera, mamão, maracujá, entre outras, estão em alta. Para facilitar suas compras, aqui estão algumas frutas e verduras da estação para o mês de fevereiro:
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Abacate: Rico em gorduras saudáveis;
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Carambola: Fonte de vitamina A, C e complexo B;
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Figo: Fonte de cálcio e vitamina A;
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Goiaba: Rica em vitamina C;
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Maçã: Rica em fibras alimentares;
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Ameixa: Rica em fibras alimentares e vitamina C;
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Pitaia: Rica em fósforo, cálcio e fibras.
Além disso, é importante observar as feiras locais e supermercados, que geralmente destacam os produtos da estação em suas prateleiras.
Dicas para economizar ao comprar frutas e verduras da época
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Planeje suas refeições: Elabore um cardápio semanal baseado nos produtos da estação. Isso ajuda a evitar compras impulsivas e desperdício de alimentos.
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Aproveite todas as partes dos alimentos: Cascas, talos e folhas podem ser utilizados em diversas receitas, reduzindo o desperdício e aumentando a variedade alimentar.
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Pesquise preços: Antes de realizar suas compras, compare os preços em diferentes estabelecimentos. Alguns supermercados oferecem programas de fidelidade ou descontos em determinados dias da semana.
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Evite o desperdício: Compre apenas a quantidade necessária e armazene corretamente os alimentos para prolongar sua durabilidade.
Adotar o consumo de frutas e verduras da estação é uma estratégia inteligente para driblar o preço alto no supermercado. Além de proporcionar economia, essa prática contribui para uma alimentação mais saudável e sustentável. Esteja atento às safras locais e aproveite os benefícios de consumir alimentos frescos e nutritivos.
Preço alto dos alimentos é impactado por oscilações na renda
O preço alto dos alimentos tem dificultado a recuperação do poder de compra dos brasileiros, ofuscando o efeito do aumento da renda. Esse cenário impede uma recuperação mais robusta, apesar da melhoria nos salários. De acordo com um estudo do economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA, o levantamento entre o custo da cesta básica e a evolução do salário mínimo revela a gravidade do impacto da inflação.
O preço alto dos alimentos se tornou um desafio significativo para o governo Lula, podendo prejudicar sua popularidade. O presidente está avaliando estratégias para tentar conter a alta dos preços e minimizar os impactos econômicos.
Especialistas, no entanto, apontam que há poucas opções viáveis para ações eficazes, uma vez que a inflação recente é impulsionada por questões climáticas e pela valorização do dólar, agravada por incertezas fiscais. O preço alto dos alimentos tem refletido diretamente no poder de compra do brasileiro. Entre 2010 e 2019, antes da pandemia, um salário mínimo permitia a compra de 2,07 cestas básicas em São Paulo.
Com o início da crise sanitária, esse valor caiu para 1,51 em abril de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, influenciado pelo aumento dos preços de commodities e a guerra na Ucrânia. Porém, conforme aponta Imaizumi, o poder de compra foi gradualmente retomado, alcançando 1,8 cesta básica em 2023 e 2024, no governo Lula.