As eleições presidenciais acontecem apenas em 2026, mas as pesquisas de intenção de votos já começaram. Um levantamento recente feito pela Genial/Quaest coloca o atual presidente em primeiro lugar, mas sugere um novo Bolsa Família para que não haja queda nesses números.
A pesquisa eleitoral mais recente para as eleições de 2026 foram divulgadas na última segunda-feira (3) pel Quaest/Genial, e coloca o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na frente dos demais. Em seu terceiro mandato, Lula tem como principal criação o Bolsa Família.
Saiba mais sobre o programa no vídeo a seguir também disponível no YouTube do FDR Notícias.
O programa social foi criado em 2003, quando ele vivia sua primeira vez como presidente da República, e desde então tem ajudado as pessoas de baixa renda a sobreviverem de forma digna. O Bolsa Família recebeu muitas mudanças desde sua criação até chegar a 2025.
Hoje, pelo menos 20,4 milhões de lares brasileiros são atendidos com a ajuda mensal de no mínimo R$ 600 e benefícios extras que turbinam o valor final. As famílias mais numerosas recebem uma quantia superior, porque o governo acredita que têm mais gastos.
Os bebês, as crianças, os jovens e as gestantes têm direito ao benefício complementar. Além disso, quem mora sozinho até pode ser um beneficiado, mas as chances de conseguir aceitação são menores porque há um limite de 16% do total de inscritos por cidade.
Pesquisa eleitoral para eleições presidenciais de 2026
Os quatro cenários de primeiro turno testados pela Quaest/Genial apontam Lula na frente, com o patamar histórico em torno de um terço do eleitorado brasileiro. Em nenhuma das opções foi colocado o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por estar inelegível, Jair é representado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Durante as eleições de 2022 foi Jair Bolsonaro quem enfrentou Lula no segundo turno, e perdeu por uma pequena taxa de diferença de 49,10% contra 50,90% do atual presidente.
Embora a pesquisa mostre que Lula poderia fazer o seu quarto mandato, também há preocupação por parte da equipe do governo porque o índice de rejeição do presidente ainda é muito grande.
Neste momento, a rejeição está numericamente maior que o potencial de voto: 49% a 47%, respectivamente. Está dentro da margem de erro, mas a tendência de piora tem sido percebida desde o segundo semestre de 2023, pela avaliação de governo captada pela Genial/Quaest.
Especialistas acreditam que a rejeição seja justificada pelo aumento do custo de vida no Brasil. Quer dizer, embora o valor do Bolsa Família seja maior do que há quatro anos atrás, o preço da comida, do aluguel, da conta de água e luz, também cresceu. Logo, na ponta do lápis não há diferença.
Por que criar um novo Bolsa Família pode salvar o presidente Lula?
Segundo o blog de Iuri Pitta, na CNN Brasil, durante o primeiro mandato, o presidente atingiu as menores taxas de aprovação em 2005, o terceiro ano daquela primeira passagem pelo Planalto.
Para recuperar seu favoritismo, foi necessário investir em políticas públicas como o Bolsa Família e o Luz para Todos.
“se Lula havia chegado pela primeira vez ao Planalto com votos em todas as camadas sociais e regiões do país, seria reeleito no ano seguinte principalmente impulsionado pelos votos do Nordeste e dos segmentos de menor renda e escolaridade“, explica Iuri.
Porém, o cenário que o presidente vive hoje com um ambiente externo mais hostil devido ao governo Donald Trump nos EUA e a China em crescimento mais lento, a criação de um novo programa social talvez não seja capaz de aumentar sua populariade como há 20 anos atrás.
Quem é atendido pelo Bolsa Família?
Os critérios que indicam quem tem direito ao Bolsa Família foram definidos por lei. Na seleção feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) são aprovados aqueles que:
- Estão inscritos no Cadastro Único, com os dados corretos e atualizados;
- Ter na família: gestantes, crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos;
- A renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.
O cálculo da renda familiar é feito por meio da soma de rendimentos de todos os membros da família, e a divisão desse valor pelo número de pessoas que pertencem ao grupo familiar.
Exemplo: apenas um integrante da família tem renda e recebe um salário mínimo (R$ 1.518), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 216,85.
Prioridade
- Famílias com bebês, crianças e jovens até 18 anos;
- Famílias com a menor renda per capita;
- Famílias com gestantes;
- Moradores de rua.