No ano passado, cerca de 1,3 milhão de famílias deixaram o Bolsa Família, pois superaram a renda per capita de meio salário mínimo. Esse número representa um marco significativo em comparação com os 590 mil casos registrados em 2023. A principal explicação para esse fenômeno está no crescimento econômico e na valorização do salário mínimo, além de políticas que incentivam o emprego e o empreendedorismo.
Esses avanços são reflexos de uma redução da pobreza no Brasil e do aumento da ocupação entre pessoas de baixa renda. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelam que, entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, mais de 91% das vagas de emprego formais foram preenchidas por indivíduos do Bolsa Família e Cadastro Único (CadÚnico).
“Isso mostra que o Bolsa Família vai além da assistência imediata, sendo uma ferramenta de transformação social, que permite que milhões de famílias aumentem sua renda e conquistem uma vida mais digna e independente”, afirma Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Regra de proteção do Bolsa Família dá chance às famílias antes de exclusão
A regra de proteção que corta o Bolsa Família pela metade, está condicionada à redução do valor do benefício. De acordo com o Governo Federal, a proteção tem o objetivo de evitar que a transferência de renda seja imediatamente cancelada a partir do momento em que a linha de pobreza for ultrapassada.
Logo, a família adquire o direito de permanecer no Bolsa Família por até mais dois anos. Para isso, é preciso que a renda de cada integrante do grupo familiar respeite o limite de até meio salário mínimo, R$ 759. No que compete ao valor do benefício, a redução de 50% atingirá as famílias que conseguirem um emprego e aumentarem a renda. Elas passarão a receber a metade da transferência de renda, ou seja, R$ 300.
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