Todos os anos os brasileiros aguardam ansiosos o aumento do salário mínimo no país para ter mais dinheiro no bolso, considerando que o custo de vida também sobe. Porém, um estudo mostra que o salário em R$ 1.518 já não compra tantas coisas como antigamente.
A Constituição Federal obriga o governo brasileiro a aumentar o salário mínimo todos os anos. Considerando que o custo de vida também se eleva, a ideia dessa regra é manter o poder de compra dos brasileiros.
Até 2022 o salário subia apenas com base na inflação, por isso não trazia de fato poder de compra. Desde 2023 há uma acréscimo além da inflação, mas estudos indicam que os esforços do governo para aumentar o salário não valem de nada se os produtos continuam mais caros.
Salário mínimo de R$ 1.518 não é suficiente no país
O salário mínimo de 2025 em R$ 1.518 indica um aumento de 7,5% comparado ao piso anterior, são R$ 106 a mais no bolso dos brasileiros.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula que 59,9 milhões de pessoas usarão esse valor como referência de salário esse ano.
Porém, com o aumento do dólar e a perspectiva de continuidade da alta do preço dos alimentos este ano, não deve haver aumento do poder de compra do brasileiro em relação ao preço da cesta básica, aponta estudo da consultoria LCA 4intelligence.
“Os níveis de preços permaneceram muito elevados e, olhando para as nossas projeções, que estendem para frente as métricas de poder de compra, vemos que não há uma recuperação [nos próximos dois anos]”, diz Bruno Imaizumi, economista da LCA para o g1.
Os dados explicam o fato de 61% dos brasileiros acreditam que a economia do país está no caminho errado, segundo uma pesquisa da Datafolha, mesmo que o nível de desemprego no país teve chegado a uma mínima histórica.
Ou seja, mesmo que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteja trabalhando para aumentar emprego e renda, as outras atitudes que provocam aumento do custo de vida se sobrepõem a aprovação dos brasileiros.