Conforme prometido, em fevereiro o governo federal vai liberar R$ 1 mil para cada jovem que concluiu o Ensino Médio em 2024. São pessoas que receberam os beenfícios do Pé-de-Meia durante o ano passado, e que agora terão acesso ao incentivo conclusão.
O Pé-de-Meia foi criado em 2024 para atender jovens de baixa renda, inscritos no Cadastro Único, que têm de 14 a 24 anos e estão no Ensino Médio.
Durante o período em que estiverem matriculados neste ciclo escolar eles terão acesso a pelo menos quatro tipos de incentivos financeiros a fim de diminuir a evasão escolar. Isso é, para que tenham um tipo de proteção salarial e não precisem abandonar os estudos.
Quando caí o incentivo conclusão do Pé-de-Meia?
Entre os dias 20 e 27 de fevereiro de 2025 vai ser liberado o valor de R$ 200 para os jovens do Pé-de-Meia que participaram do ENEM 2024. E mais R$ 1.000 em parcela única para quem concluiu o 3º ano do Ensino Médio no ano passado.
MÊS DE NASCIMENTO | DATA DE PAGAMENTO | DIA DA SEMANA |
Janeiro e Fevereiro | 20 de fevereiro | Quinta-feira |
Março e Abril | 21 de fevereiro | Sexta-feira |
Maio e Junho | 24 de fevereiro | Segunda-feira |
Julho e Agosto | 25 de fevereiro | Terça-feira |
Setembro e Outubro | 26 de fevereiro | Quarta-feira |
Novembro e Dezembro |
27 de fevereiro |
Quinta-feira |
Dicas para usar R$ 1 mil pagos pelo Pé-de-Meia
O educador financeiro João Victorino, administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, deu cinco dicas inteligentes sobre como usar os R$ 1 mil recebidos pelo Pé-de-Meia no ano que vem.
Construir um fundo de emergência:
Independentemente da condição econômica, a vida costuma ser marcada por imprevistos. No caso de estudantes aptos a receber o pé de meia, imprevistos costumam ser falhas no transporte público, falta de recursos para alimentação ou emergências de saúde na família.
Ter um pequeno fundo de reserva ajuda a reduzir a insegurança do dia a dia, evitando endividamentos com juros altos e permitindo manter o foco nos estudos e no planejamento de carreira, sem a angústia constante da falta de recursos imediatos.
Investir em capacitação e estudos complementares:
Além de pensar em cursos técnicos e profissionalizantes, o valor pode ser empregado em custos associados a prestar o vestibular ou o Enem em cidades vizinhas (pagando transporte ou hospedagem), adquirir materiais didáticos.
Além de financiar a inscrição em cursinhos preparatórios ou workshops específicos. Mesmo um investimento modesto em um curso online de idiomas ou informática já pode fazer diferença no currículo, dando acesso a oportunidades antes inacessíveis.
Viabilizar a mobilidade e o acesso a oportunidades:
Um desafio para muitos jovens de baixa renda é a dificuldade de se deslocar para entrevistas de emprego, feiras estudantis ou eventos de recrutamento. Uma parte do dinheiro pode ser destinada a:
- cobrir gastos de transporte para comparecer a seleções de estágio;
- conseguir um emprego melhor ou mesmo buscar ajuda especializada (como se inscrever em um mutirão de vagas).
A mobilidade ampliada pode conectar o estudante a uma rede de contatos e oportunidades que antes não estavam ao seu alcance.
Aprender sobre educação financeira:
Investir uma pequena parcela do valor em cursos, oficinas ou materiais sobre educação financeira é uma decisão estratégica de longo prazo. Com:
- conhecimento básico sobre orçamento, planejamento de metas, uso consciente do crédito e investimentos simples (como uma conta poupança ou títulos do Tesouro Direto).
Dessa forma, o o jovem pode multiplicar o impacto do dinheiro recebido. Isso é ainda mais relevante no contexto socioeconômico, onde cada real pode ter um peso significativo.
Tecnologia e ferramentas de trabalho/estudo:
Em um mundo cada vez mais digital, melhorar o acesso a ferramentas tecnológicas pode ser fundamental. Investir em:
- um celular ou notebook básico, mas funcional;
- plano de internet mais estável.
Dessa forma, permitirá acompanhar cursos online, fazer pesquisas, participar de aulas remotas, elaborar currículos, enviar candidaturas e até empreender em pequenas iniciativas digitais.
Assim, o valor não é só gasto, mas se converte em um ativo que abre portas profissionais e educacionais.
Além disso, é importante reforçar que é preciso buscar conversar com os pais ou responsáveis para identificar também se a família tem alguma necessidade urgente que precise desse recurso, ou receber sugestões dos pais para o uso do recurso.
Nossa família é uma estrutura social que dá segurança e apoio e também pode contribuir no melhor uso desse recurso.