INSS aumenta teto de juros do consignado; saiba quando vale a pena contratar

No ano passado um dos destaques do Ministério da Previdência foi ter proposto sucessivas diminuições no teto do consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Este ano começou diferente, e dessa vez foi anunciado aumento no juros dessas operações.

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INSS deve aumentar teto de juros do consignado; saiba quando vale a pedir contratar
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

No dia 9 de janeiro o CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) aprovou o aumento do teto de juros do crédito consignado para beneficiários do INSS

Dessa vez não houve mudanças para o teto de juros do cartão de crédito consignado que se manteve em 2,46% ao mês.

Uma das primeiras decisões do CNPS em 2025 foi contrária a tudo o que foi defendido pelo Ministério da Previdência Social no ano passado. O motivo é o aumento de custos das operações bancárias que forçaram um reajuste no teto de juros. 

Membros do governo federal fazem parte do CNPS, por isso a decisão de aumentar o máximo de juros que pode ser cobrado do empréstimo de aposentados do INSS tem o aval do poder público.

Qual o novo teto de juros do consignado do INSS?

Dessa vez, o novo de teto de juros do consignado do INSS não será menor do que o atual, mas sim maior. Isso significa que o custo para contratar crédito consignado vai subir.

Nessa modalidade de empréstimo os aposentados e pensionistas contratam um valor com pagamento facilitado, podendo ser pago em um prazo máximo de 84 meses com desconto direto no seu salário.

Os juros indicam quanto o cidadão vai ter que pagar. Isso porque, embora empreste, por exemplo, R$ 10 mil, devido ao prazo de pagamento o aposentado nunca vai pagar para o banco os mesmos R$ 10 mil. Os juros aumentam o valor da dívida.

Agora, essa cobrança passa a ser de:

  • De 1,66% para 1,80% ao mês.

Bancos criticam novo juros do consignado do INSS

Em março de 2023 os bancos já criticavam a redução de juros para o consignado do INSS. Naquele período as instituições chegaram a protestar com o bloqueio da liberação de novos empréstimos.

Dessa vez, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se pronunciou dizendo que a taxa de juros adotada ainda não cobre todas as despesas.

“Como consequência, acreditamos que o novo teto será insuficiente para a retomada do nível normal de oferta da linha, prejudicando, principalmente, o atendimento para o público com menor valor de benefício e idade mais elevada”, disse a Associação Brasileira dos Bancos, segundo o Valor.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com