PIX será taxado? Entenda o que o muda nas transações instantâneas

A Receita Federal desmentiu os rumores sobre a cobrança de taxas em transações realizadas via PIX. Informações equivocadas começaram a circular nas redes sociais, sugerindo que o órgão passaria a taxar essas movimentações financeiras.

Os boatos ganharam força após a implementação da Instrução Normativa 2.219/2024, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro. A nova norma amplia o monitoramento da Receita, agora incluindo operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento, além dos bancos e cooperativas de crédito.

A partir de agora, as operadoras de PIX e outras instituições financeiras precisam informar ao Fisco transações que ultrapassem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Essas obrigações fazem parte do novo sistema de monitoramento.

Entenda o que muda no PIX em 2025

A Receita Federal esclareceu que, ao realizar uma transferência via Pix, DOC ou TED, o sistema e-Financeira não identifica o destinatário ou o motivo da transação. No entanto, ao final de cada mês, todas as saídas da conta, incluindo saques, são somadas e, se o valor total exceder R$ 5 mil para pessoas físicas ou R$ 15 mil para pessoas jurídicas, a instituição financeira reportará esses dados.

Além disso, o sistema também contabiliza as entradas na conta, sem discriminar o tipo de transferência, seja por Pix ou outro meio. A instituição deve informar os totais de crédito e débito na conta, sem detalhar a natureza das transações. O Fisco, ao receber essas informações, não terá acesso a dados que permitam identificar a origem ou os gastos realizados.

A partir de janeiro, o sistema de monitoramento do Fisco passará a capturar as movimentações mensais de operações como o Pix. As instituições financeiras terão até agosto deste ano para enviar os dados do primeiro semestre, enquanto os do segundo semestre deverão ser entregues até fevereiro de 2026.

YouTube video player
Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile