Após um período de alta nos preços e escassez, o azeite de oliva, antes um produto de cozinha muito presente para os brasileiros, parece estar perdendo espaço nas prateleiras dos supermercados. A boa notícia é que essa tendência pode estar com os dias contados. A recuperação da produção europeia, principal fornecedora do Brasil, deve levar a uma queda nos preços e aumentar a oferta do produto nos próximos meses.
De acordo com matéria do jornal O Globo, a seca e as altas temperaturas que atingiram a Europa nos últimos anos afetaram drasticamente a produção de azeitonas, levando a uma oferta reduzida e, consequentemente, a um aumento significativo nos preços deste produto de cozinha. No Brasil, que depende majoritariamente das importações, a alta do dólar agravou ainda mais a situação, tornando o azeite cada vez mais caro.
Azeite: produto de cozinha esquecido após super alta nos preços
Com a volta das chuvas e o restabelecimento das condições climáticas favoráveis, a produção de azeite na Europa está se recuperando rapidamente. Estima-se que a produção global deste produto de cozinha aumente em 23% na próxima safra, o que deve levar a uma queda de até 20% nos preços do produto no Brasil.
A queda nos preços do azeite importado deve trazer alívio para os consumidores brasileiros, que poderão voltar a incluir o produto em suas compras. No entanto, a produção nacional ainda enfrenta desafios, como as condições climáticas e a alta do dólar, o que pode limitar a oferta de azeites brasileiros e manter seus preços mais elevados.
A especialista Danielle Santana, colaboradora do FDR, explica como não cair no golpe do azeite falsificado.
Futuro do azeite no Brasil
A recuperação da produção europeia representa uma oportunidade para o setor de azeites no Brasil. Com a queda dos preços dos importados, os produtores nacionais precisarão se adaptar e buscar novas estratégias para se manterem competitivos no mercado.
A aposta em variedades mais resistentes às mudanças climáticas, a melhoria da qualidade dos produtos e a diversificação da oferta são algumas das ações que podem ser adotadas pelos produtores brasileiros.