1 mil reais liberados no Pé-de-Meia; descubra MELHOR forma de usar dinheiro em 2025

Em breve os alunos que se formaram no 3º ano do Ensino Médio e ao longo de 2024 receberam o Pé-de-Meia, serão beneficiados com uma parcela única de R$ 1.000. Essa quantia vai ser liberada como uma forma de investir no jovem de baixa renda. 

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1 mil reais liberados no Pé-de-Meia; descubra MELHOR forma de usar dinheiro em 2025
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O Pé-de-Meia foi criado em 2024 para atender jovens de baixa renda, inscritos no Cadastro Único, que têm de 14 a 24 anos e estão no Ensino Médio. A ideia é que eles tenham acesso a pelo menos quatro tipos de incentivo

  • Incentivo-Matrícula: no valor de R$ 200, pago por matrícula registrada no início do ano letivo, valor pago uma vez por ano; 
  • Incentivo-Frequência: no valor de R$ 200, pago por frequência mínima escolar de 80% do total de horas letivas, aferida pela média do período letivo transcorrido ou pela frequência mensal do estudante, valor pago em nove parcelas durante o ano; 
  • Incentivo-Enem: no valor de R$ 200 por participação comprovada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), valor pago uma única vez ao estudante matriculado na 3ª série da etapa, cujos depósito e saque dependem da obtenção de certificado de conclusão do ensino médio; e 
  • Incentivo-Conclusão: no valor de R$ 1mil, pago por conclusão dos anos letivos do ensino médio com aprovação e participação em avaliações educacionais, cujos depósito e saque dependem da obtenção de certificado de conclusão do ensino médio. 

Como investir os R$ 1 mil pagos pelo Pé-de-Meia?

O educador financeiro João Victorino, administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, deu cinco dicas inteligentes sobre como usar os R$ 1 mil recebidos pelo Pé-de-Meia no ano que vem. 

Construir um fundo de emergência:

Independentemente da condição econômica, a vida costuma ser marcada por imprevistos. No caso de estudantes aptos a receber o pé de meia, imprevistos costumam ser falhas no transporte público, falta de recursos para alimentação ou emergências de saúde na família.

Ter um pequeno fundo de reserva ajuda a reduzir a insegurança do dia a dia, evitando endividamentos com juros altos e permitindo manter o foco nos estudos e no planejamento de carreira, sem a angústia constante da falta de recursos imediatos.

Investir em capacitação e estudos complementares:

Além de pensar em cursos técnicos e profissionalizantes, o valor pode ser empregado em custos associados a prestar o vestibular ou o Enem em cidades vizinhas (pagando transporte ou hospedagem), adquirir materiais didáticos.

Além de financiar a inscrição em cursinhos preparatórios ou workshops específicos. Mesmo um investimento modesto em um curso online de idiomas ou informática já pode fazer diferença no currículo, dando acesso a oportunidades antes inacessíveis.

Viabilizar a mobilidade e o acesso a oportunidades:

Um desafio para muitos jovens de baixa renda é a dificuldade de se deslocar para entrevistas de emprego, feiras estudantis ou eventos de recrutamento. Uma parte do dinheiro pode ser destinada a:

  • cobrir gastos de transporte para comparecer a seleções de estágio;
  • conseguir um emprego melhor ou mesmo buscar ajuda especializada (como se inscrever em um mutirão de vagas).

A mobilidade ampliada pode conectar o estudante a uma rede de contatos e oportunidades que antes não estavam ao seu alcance.

Aprender sobre educação financeira:

Investir uma pequena parcela do valor em cursos, oficinas ou materiais sobre educação financeira é uma decisão estratégica de longo prazo. Com:

  • conhecimento básico sobre orçamento, planejamento de metas, uso consciente do crédito e investimentos simples (como uma conta poupança ou títulos do Tesouro Direto).

Dessa forma, o o jovem pode multiplicar o impacto do dinheiro recebido. Isso é ainda mais relevante no contexto socioeconômico, onde cada real pode ter um peso significativo.

Tecnologia e ferramentas de trabalho/estudo:

Em um mundo cada vez mais digital, melhorar o acesso a ferramentas tecnológicas pode ser fundamental. Investir em:

  • um celular ou notebook básico, mas funcional;
  • plano de internet mais estável.

Dessa forma, permitirá acompanhar cursos online, fazer pesquisas, participar de aulas remotas, elaborar currículos, enviar candidaturas e até empreender em pequenas iniciativas digitais.

Assim, o valor não é só gasto, mas se converte em um ativo que abre portas profissionais e educacionais.

Além disso, é importante reforçar que é preciso buscar conversar com os pais ou responsáveis para identificar também se a família tem alguma necessidade urgente que precise desse recurso, ou receber sugestões dos pais para o uso do recurso.

Nossa família é uma estrutura social que dá segurança e apoio e também pode contribuir no melhor uso desse recurso.

 

 
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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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