Disponibilizado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com baixos juros e condições facilitadas de pagamento, o consignado do INSS é uma importante opção de crédito liberada para aposentados e pensionistas. No entanto, um alerta enviado nesta semana pelos bancos brasileiros sobre a viabilidade da concessão de crédito colocou os segurados em alerta.
Isso porque, de acordo com as instituições financeiras, o limite da taxa de juros atual tem tornado a oferta de crédito consignado do INSS inviável. Atualmente, de acordo com a especialista do FDR, Laura Alvarenga, o limite a ser cobrado pelo consignado está fixado em 1,66% ao mês. Essa taxa vem sendo cobrada desde junho de 2024.
Por isso, representantes de grandes bancos como Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, enviaram um posicionamento oficial para o INSS que trata do risco do fim da liberação de consignado por esses bancos.
Entenda o que está em jogo com a possível suspensão do consignado do INSS:
- Recentemente, alguns bancos já realizaram a suspensão da liberação do consignado por meio de correspondentes bancários;
- De acordo com as instituições financeiras, esse tipo de operação demanda um custo adicional de comissão;
- O alerta enviado para o INSS informa que, além da suspensão por meio de correspondentes bancários, o serviço também pode ser interrompido nos canais próprios dos bancos;
- Caso a medida realmente seja tomada, diversos aposentados e pensionistas poderão se ver sem a possibilidade do crédito;
- Atualmente, o consignado é a principal fonte de crédito para quem recebe algum benefício do INSS;
- Isso porque o modo de pagamento, que prevê o desconto das parcelas diretamente na folha de pagamentos, permite a prática de uma baixa taxa de juros;
- Por meio de nota, o Ministério da Previdência afirmou que o processo de concessão de crédito poderá ser revisto;
- No entanto, o foco do órgão estará na defesa dos interesses dos aposentados e pensionistas.
“Isso tem provocado um efeito positivo na tomada do crédito inicial mais barato e de modo mais significativo na portabilidade e no refinanciamento dos contratos, com condições mais vantajosas que as vigentes anteriormente”, afirmou a pasta por meio de nota oficial.